
O programa Voa Brasil, que permite a compra de passagens por R$ 200 o trecho, completar um ano não decolou como previa o governo. Da promessa de 3 milhões de bilhetes, foram vendidos apenas 41.165, de julho a maio, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). O volume comercializado corresponde a 1,37% dos 3 milhões de assentos em 12 meses.
Os números mostram que a venda de bilhetes despencou nos últimos cinco meses, caindo de 5.308 em janeiro para 2.604 em maio.
No mês passado, a Gol vendeu apenas dez passagens pelo Voa Brasil devido a problema técnico no sistema da empresa. A Azul vendeu 743 e a Latam, 1.851. No ranking, a Latam lidera as reservas com 42,6%, seguida pela Gol (42%), com 42% e pela Azul (15%).
O balanço do Voa Brasil revela que sem a participação de recursos públicos, o programa depende da oferta de passagens pelas companhias, sobretudo nos períodos de baixa temporada.
Lançado no fim de julho de 2024, o programa continua restrito aos aposentados do INSS e não inclui pensionistas.
O MPor ainda aguarda dados do Ministério da Educação para estender o programa aos alunos do Programa Universidade para Todos (Prouni). Essa foi uma promessa no lançamento do Voa Brasil e até agora não saiu do papel.
O Voa Brasil tem dois entraves: a renda do público-alvo, quase 70% dos aposentados do INSS têm renda equivalente a um salário mínimo (de R$ 1.518), e o acesso ao programa por meio da plataforma do governo.