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Brasil publicará decreto de reciprocidade contra tarifa dos EUA até terça (15), diz Alckmin

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Ana Azevedo

Publicado - 14/07/2025 - 09:25

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Trump enviou carta a Lula com críticas ao STF e apoio explícito a Bolsonaro e porcentagem de taxas explicitadas (Criado com IA/Midjourney)

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou no último domingo (13), em São Paulo, que o governo federal deve publicar até terça-feira (15) o decreto que regulamenta a lei de reciprocidade, criada para permitir retaliações comerciais à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida foi discutida em reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mesmo dia, como resposta oficial à decisão do governo americano.

Segundo Alckmin, a prioridade do Brasil continua sendo a reversão da tarifa antes que ela entre em vigor, em 1º de agosto. “Acreditamos que essa tarifa é inadequada e não encontra justificativa”, disse o vice-presidente durante a inauguração de um viaduto em Francisco Morato, na Grande São Paulo.

Na quarta-feira (9), Alckmin já havia declarado que o Brasil manteria sua posição diplomática, sem escalar o tom contra os Estados Unidos, apesar da ofensiva tarifária anunciada pelo ex-presidente Donald Trump. O vice reiterou que considera as medidas injustas e prejudiciais também à economia americana, ressaltando os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

O tarifaço foi anunciado por Trump em uma carta endereçada a Lula e publicada em seu perfil na rede social Truth. O republicano alegou que a relação comercial com o Brasil é “muito injusta” e “não recíproca”, citando políticas tarifárias e supostos déficits comerciais.

Contudo, dados oficiais contradizem a versão apresentada por Trump. Há 17 anos, os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial com o Brasil, exportando mais do que importam.

Além das críticas econômicas, a carta incluiu apoio explícito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ataques ao Supremo Tribunal Federal. Trump classificou o julgamento do ex-mandatário como uma “caça às bruxas que precisa ser encerrada” e disse que a forma como o Brasil tem tratado Bolsonaro é uma vergonha.