
O projeto Santos + Vivo, aprovado pelo Ministério dos Portos, pretende criar o maior complexo turístico sobre o mar do Brasil, com investimento 100% privado de R$ 1,2 bilhão. O plano inclui novo terminal de cruzeiros, shopping, hotel, centro de negócios e a primeira marina da cidade, ocupando uma estrutura de 294 mil m² suspensa sobre as águas da Ponta da Praia.
O projeto é liderado pelos empresários Bayard Umbuzeiro Filho e Bayard Umbuzeiro Neto, da Transbrasa, e vem sendo apresentado como uma revolução urbana com impacto na balneabilidade, economia regional e nas operações do próprio Porto de Santos. Para os idealizadores, é a chance de colocar a cidade no radar dos destinos turísticos internacionais de alto padrão.
Complexo flutuante com foco em cruzeiros e sustentabilidade
Com previsão de início das obras nos próximos anos, o processo de licenciamento deve levar até dois , o Santos + Vivo é pensado para operar o ano todo, independentemente da temporada de cruzeiros. Estão previstos três berços exclusivos para navios de passageiros, desafogando o uso de áreas portuárias voltadas à carga, e soluções para a faixa de areia, ressacas e qualidade da água.
“O projeto não é só turístico, ele também resolve gargalos antigos da cidade, como a erosão na Ponta da Praia e o conflito entre o porto e o turismo”, afirma Bayard Umbuzeiro Neto, CEO da Transbrasa.
Com o mercado global de cruzeiros projetando alta de US$ 16,7 bilhões até 2031, o Brasil corre para se reposicionar. Em 2023, 31,7 milhões de pessoas embarcaram em cruzeiros no mundo. A expectativa é que esse número dobre na próxima década. Santos, hoje, já sente a pressão da demanda: nos últimos dez anos, quase metade das atracações de cruzeiros (749 de 1518) aconteceu fora do terminal oficial, ocupando espaço da carga.
“O Santos + Vivo prepara a cidade para esse crescimento. Em vez de competir com o futuro terminal do Valongo, ele complementa. Santos vai precisar dos dois”, diz Bayard Umbuzeiro Filho.
Infraestrutura, proteção costeira e nova economia
O projeto prevê a instalação de estruturas para proteger as praias das ondas fortes, além de aumentar a quantidade de areia para ampliar a faixa de praia. Também será criada uma barreira física que ajuda a melhorar a qualidade da água, tornando-a mais própria para o banho. Paralelamente, a obra protege o canal marítimo, preservando sua profundidade e inclinação, o que facilita a passagem de navios cargueiros de grande porte.
A previsão é de 7.500 empregos gerados durante as obras e operação. A marina inédita deve atrair não só turistas, mas também movimentar o aeroporto de Guarujá e o setor náutico regional. A ideia é colocar Santos na mesma prateleira de destinos como Miami, Barcelona e Sydney, com uma estrutura integrada entre cidade, mar e porto.
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