
O dólar interrompeu uma sequência de quatro altas consecutivas nesta terça-feira (15), fechando em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,5581. O movimento foi impulsionado por expectativas de um possível acordo tarifário entre Brasil e Estados Unidos, após o anúncio do “tarifaço” de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, iniciou reuniões com setores afetados e afirmou que o governo trabalhará para reverter a medida “o mais rápido possível”. A previsão de safra recorde também foi destacada como fator estratégico na balança comercial brasileira.
Além disso, uma audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo sobre o IOF foi realizada, mas terminou sem acordo. A decisão agora está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
No exterior, apesar da alta do índice DXY, o real se fortaleceu com o avanço das tratativas comerciais e a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que subiu 0,3% em junho, dentro das expectativas. Isso reduziu ligeiramente as apostas de corte de juros pelo Fed em setembro.
Enquanto isso, Trump anunciou novo acordo comercial com a Indonésia, com tarifa de 19% e promessas de compras bilionárias de produtos americanos. A medida reforça a política comercial protecionista dos EUA e influencia o cenário cambial global.