Infraestrutura portuária aquece debate agendado para final do mês

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Os portos brasileiros estarão prontos em 2014? Cruzeiros servirão de hospedagem durante a Copa? A infraestrutura portuária será suficiente para atender a grande demanda que tem surgido nos próximos anos? Esses e mais outros questionamentos foram levantados na noite desta quarta-feira por João Flávio Pedrosa; presidente da Sociedade Náutica Brasileira e conselheiro da Comissão de Turismo da CNC. As respostas; no entanto; serão reveladas no próximo dia 29 quando acontecerá o debate entre Abremar x Secretaria Nacional de Portos novamente nos salões da CNC.

O encontro desta noite serviu também para apresentar Vivianne Martins; presidente da Abgev; como nova conselheira. Ela e outros membros da entidade assistiram por 30 minutos a palestra proferida por Pedrosa. Na oportunidade; ele revelou que 95% do movimento comercial que o Brasil tem com outros países produzem cargas marítimas movimentando diariamente os portos.

Em seu discurso; ele revelou que os portos brasileiros – sete no total – receberão investimentos na ordem de R$ 740 milhões visando a Copa do Mundo. Esse montante deverá ser acrescido com mais verbas provenientes do PAC. Ele usou como efeito de comparação os investimentos do PAC para os aeroportos. “O governo federal vai investir R$ 5;5 bilhões em 14 aeroportos. É uma discrepância muito grande”; afirmou.

Pedrosa teve que responder ainda ao questionamento de um conselheiro que perguntou sobre a possibilidade de distinguir portos técnico de turismo: “Não há como fazer essa separação. O porto técnico trabalha diariamente; 365 dias do ano; enquanto que o de turismo trabalha na alta temporada”.

Boa parte dos questionamentos de Pedrosa e dos conselheiros girou em torno da possibilidade de navios servirem como hotéis. Representando a Abremar; Andre Pousada não se pronunciou e guardou seu discurso para o dia 29. Há uma semana o presidente da Abremar; Ricardo Amaral; afirmou; no entanto; que se nada for feito em relação aos portos; não há possibilidade de os cruzeiros largarem a alta temporada no hemisfério norte por um curto período de tempo no Brasil.

João Flávio Pedrosa, presidente da Sociedade Náutica Brasileira