
Durante painel sobre turismo internacional na LGBT+ Turismo Expo 2025, no Hotel Unique, em São Paulo, Daniel Noble, supervisor da coordenação de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur, destacou a importância da diversidade como eixo prático, e não apenas discursivo, na estratégia de promoção do Brasil no exterior. Segundo ele, a Embratur busca reposicionar o país com base na pluralidade de seus territórios e públicos.
“Essa é a nossa diversidade. Existem vários Brasis dentro do Brasil”, afirmou Daniel. Ele explicou que o trabalho de promoção internacional é segmentado e parte de uma leitura profunda dos interesses dos mercados consumidores. “A gente fala de wellness, fala sobre conexão com a natureza e aplica isso onde essa busca é real. A gente entende o que promover, para quem promover e quando promover”, completou. A Embratur realiza a promoção internacional tendo como base a inteligência mercadológica e de dados como balizadores das ações promocionais da agência.
Alexandre Nakagawa, representante da Embratur, apresentou os dados do primeiro semestre de 2025: o Brasil recebeu 5,3 milhões de turistas estrangeiros, número 48% maior que o mesmo período de 2024, gerando R$ 20,8 bilhões em receita turística, o que representa crescimento de 14%.
“Desde 2005, a gente tem pautado nossa estratégia no Plano Aquarela. Agora, 20 anos depois, chegou o momento de renovar. O Plano Brasis surge com o desafio de promover o que é o Brasil de forma consolidada, mas reconhecendo que existem muitos Brasis”, disse Nakagawa. Ele comparou a estratégia a um drone que ganhou de presente: “Tem botão pra tudo, e pra fazer funcionar, você precisa do manual. O Plano Brasis é esse manual: uma bússola. E a gente não quer que ele fique preso num escritório em Brasília. Ele está sendo apresentado estado por estado”, completou.
Projeto Feel Brasil – 101 experiências e apoio do Sebrae
A nova fase de internacionalização também traz um novo produto: O projeto “Feel Brasil”, que reúne 101 experiências autênticas de norte a sul. A proposta é que ele seja um organismo vivo, com atualizações constantes, oferecendo experiências imersivas, complementares e interseccionais.
“Essa construção foi feita junto ao Sebrae, com participação ativa dos destinos e de quem realmente faz o turismo acontecer”, reforçou Daniel. Mais de 70% dessas experiências são ofertadas por micro e pequenas empresas (MPEs) sendo esta, uma iniciativa inovadora, que contribuirá para a geração de negócios, inclusão, renda e empregos para o Brasil.
