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Tendências: redes sociais e IA mudam o planejamento do turista

Uso de redes sociais para reservas cresce entre viajantes dos EUA, segundo a Skift Research
Uso de redes sociais para reservas cresce entre viajantes dos EUA, segundo a Skift Research (Banco de imagens/Freepik)

Dois terços dos americanos fizeram ao menos uma viagem com pernoite em 2025, segundo relatório da Skift Research. O estudo, divulgado neste mês, mostra que o perfil do turista dos Estados Unidos mudou: está mais digitalizado, busca experiências imersivas e vem usando ferramentas de inteligência artificial e redes sociais para planejar e reservar suas viagens.

A pesquisa indica que 54% dos viajantes nos EUA já realizam reservas diretamente por links em redes sociais como TikTok, Instagram e YouTube. Essas plataformas deixaram de ser apenas fonte de inspiração e passaram a exercer papel ativo na decisão e na compra.

Ao mesmo tempo, ferramentas de IA como o ChatGPT estão ganhando relevância na jornada de planejamento. Cerca de 60% dos entrevistados afirmaram conhecer assistentes de IA, sendo que quase um terço os utiliza extensivamente para buscar, comparar e fechar reservas. Entre os motivos citados estão sugestões personalizadas, agilidade no processo e maior satisfação com os resultados.

O levantamento também aponta mudança no comportamento de reservas. A tendência de priorizar canais diretos, forte nos primeiros anos da pandemia, foi revertida: em 2025, as reservas diretas somam 41%, contra 62% em 2020. Sites de agências online (OTAs) voltaram a ganhar espaço, impulsionados pela praticidade, pacotes e comparação de preços — sobretudo entre consumidores menos fiéis a marcas.

Mesmo com a alta de preços e taxas adicionais, os viajantes não abrem mão de experiências. Há maior procura por atividades locais que agreguem valor à viagem, como passeios gastronômicos, trilhas, eventos culturais e opções de bem-estar. O deslocamento para o consumo de momentos, mais do que produtos, se consolida.

Programas de fidelidade seguem relevantes, especialmente nos EUA e na China. No entanto, precisam se adaptar a um consumidor cada vez mais orientado por conveniência, transparência e integração tecnológica.

O relatório de 2025 traz ainda comparações entre viajantes dos Estados Unidos, China, Índia, França e Reino Unido. A análise global permite mapear preferências e hábitos em comum, além de destacar diferenças nos níveis de lealdade, uso de plataformas e padrões de gastos.

O estudo completo será apresentado no evento anual da indústria do turismo, de 16 a 18 de setembro, em Nova York.

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