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Belo Horizonte ganha Cachaçatur e Expocachaça tem 2a ediçao anual (veja fotos)

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A capital de Minas Gerais; Belo Horizonte; recebeu recentemente o roteiro Cachaçatur. Uma iniciativa da Belotur; com parceiros institucionais e empresariais; ele foi lançado oficialmente em setembro e agora começa a funcionar efetivamente. O M&E foi conferir as atrações do roteiro criado para valorizar a cachaça artesanal mineira; patrimônio líquido de Belo Horizonte.

Assim como a Argentina que oferece um roteiro para os turistas conhecerem o vinho e a Escócia com o whisky; percebeu-se que Minas Gerais poderia realizar o mesmo e que havia uma carência de valorização do produto. Foi então que criaram o projeto; que selecionou 16 bares e restaurantes; quatro lojas de bebidas e três alambiques para fazer parte do roteiro. Todos eles seguem normas e critérios pré-determinados; como a apresentação de uma carta de cachaças artesanais de Minas; com 50 marcas; no mínimo; e pratos especiais preparados à base da bebida.

Minas Gerais é líder na produção de cachaça de alambique; são 8.500; eles produzem 250 milhões de litros por ano; volume que representa 50% da produção nacional. De acordo com Júlio Pires; presidente-diretor da Belotur; o projeto; além de apresentar o produto típico de Minas ao turista; quer atrair investimentos e impulsionar os diversos estabelecimentos do ramo: “Semanalmente; Belo Horizonte recebe aproximadamente 15 mil turistas. Ao integrar a oferta de cachaça artesanal tipicamente mineira; poderemos revelar a esse público; de forma organizada; um de nossos produtos mais tradicionais”.

Para Miguel Murta de Almeida; dono do bar participante do roteiro Via Cristina; a “cachaça mineira é mesmo uma coisa a se decifrar”; por isso a importância do projeto. Rubens Beltrão; do bar Inusitado; também comentou sobre a iniciativa: “A cachaça é tão importante para a gente quanto o rum é para Cuba. E hoje ela cresceu de importância; cresceu de nome”.

Expocachaça – A cidade também recebeu; entre os dias 14 e 17 de outubro; a Expocachaça Dose Dupla; 14a edição do evento e 2a edição do ano. Ela aconteceu na Serraria Souza Pinto; local onde o evento era realizado quando surgiu; em 1998. Com a presença de produtores e comerciantes que fazem parte do Cachaçatur; a feira serviu também para apresentar o roteiro. Os visitantes receberam informações sobre ele no estande do projeto e podiam aproveitar para degustar algumas cachaças artesanais. Até o terceiro dia; o evento já havia recebido 30 mil pessoas e movimentando R$ 3 mi em produtos; insumos e equipamentos.

José Lúcio Mendes; diretor de marketing e um dos organizadores da Feira; comentou sobre a importância do Cachaçatur – ele participou da criação do projeto: “Seria difícil entender a presença de estrangeiros e empresários; que vão aparecer com a Copa e as Olimpíadas; sem a existência de um roteiro da cachaça. Seria um crime não criar embaixadores desse produto no exterior. Ninguém vai querer comprar algo lá fora sem conhecer antes”; disse ele sobre a possibilidade de aumentar as vendas do produto no exterior com a divulgação promovida pelo roteiro.

José Francisco de Salles Lopes; diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo; também estava presente e comentou sobre o cachaçatur: “É um instrumento excepcional para a divulgação da cachaça. Se trata de uma bebida brasileira cuja expansão vai depender muito da nossa capacidade de mostrá-la como produto de consumo global”.

A ocasião marcou também o início da Campanha de Valorização e Formalização da Cachaça; com apoio do SindbebidasFIEMG; cujo objetivo é diminuir a informalidade na produção da bebida; assim como os riscos e prejuízos da produção informal; como os causados à saúde do consumidor; ao meio ambiente e à economia. Segundo José Lúcio; 57% da produção de cachaça no Brasil ainda está na informalidade.

Museu da Vale Verde, parte do roteiro da cachaça

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