
BRASÍLIA – O CEO da Associação Internacional de Cruzeiros (Clia), Bud Darr, afirmou nesta quarta-feira (3), durante o 7° Fórum Clia Brasil, em Brasília, que o país precisa garantir condições competitivas para atrair mais navios e ampliar o impacto econômico do setor. O encontro ocorreu na sede da Confederação Nacional dos Municípios.
Segundo Darr, a indústria de cruzeiros transportou 34,6 milhões de passageiros em 2023, com previsão de chegar a 37,7 milhões em 2025 e 42 milhões em 2028. O impacto econômico global é estimado em US$ 169 bilhões, com a geração de 1,6 milhão de empregos.
No Brasil, a atividade movimentou R$ 5,2 bilhões em 2024 e foi responsável por 84 mil postos de trabalho. Para o executivo, esse número pode crescer, desde que o país avance em infraestrutura portuária e adote regras claras e proporcionais às operações.
Ele destacou que o setor encomendou 81 novos navios no valor de US$ 71 bilhões, refletindo confiança no mercado. No entanto, alertou que custos elevados e regulações complexas podem levar companhias a direcionar embarcações a destinos como Caribe, Mediterrâneo e Alasca.
Darr ressaltou ainda que o Brasil tem uma forte demanda interna, com 96% dos passageiros declarando intenção de repetir a experiência. Segundo ele, além de consolidar operações no Sul, o país deve ampliar oportunidades no Nordeste.
“Não é apenas sobre o quanto de renda você gera ou quanto custo você tem, mas realmente é essa margem entre os dois que determina onde os navios acabam indo”, afirmou.
O executivo reiterou o compromisso da Clia em manter diálogo com governos e comunidades locais, reforçando que a entidade não atua apenas de forma centralizada nos Estados Unidos, mas busca apoiar o desenvolvimento global da indústria.
*O M&E viaja com proteção da GTA e apoio da Shift Mobilidade.