A menos de 24 meses para a realização da Copa do Mundo de futebol, o Brasil vive uma crise com os meios de hospedagens, aeroportos, transporte de uma maneira geral e porque não generalizar e chamar o problema de falta de infraestrutura. A ultima novidade está na comercialização dos ingressos que será diretamente no site da FIFA e pode impedir ou mesmo inibir comercialização de pacotes pelas operadoras no país.
De acordo com o presidente da Braztoa, Marco Ferraz, o grande problema de toda a estrutura para a venda de ingressos será a formatação dos pacotes para, principalmente para as 12 sedes da Copa. “Somente a FIFA venderá os ingressos para os jogos da copa. Isso faz com que as vendas de hotéis e aéreo seja direta ou online. Os operadores trabalharão apenas incoming ou com o hospitality, caso a haja a disponibilidade”, diz.
Contrapartida – Segundo o presidente do conselho do grupo Águia, proprietário da Match Connections que detém os direitos de venda dos chamados hospitality no país – Wagner Abrahão, não é uma situação fácil vender Copa. “De 2006 a 2010 tivemos 800 agências na comercialização. Na Alemanha foram vendidos cerca de 8 mil passageiros e na Africa 6 mil passageiros”, diz. Para o Brasil, o executivo diz que existe a busca por um sócio para a aquisição de mais ingressos para o evento. “Buscamos um sócio para nos ajudar do ponto de vista financeiro”, afirma.
Ingressos – Quando se refere ao hospitality, o executivo da Braztoa se refere aos ingressos de incentivo – aqueles que são vendidos para grupos de empresas. ” São 15% apenas. Os outros 85% estão nas mãos da FIFA que vendera online mediante reserva. “Ate lá não temos como nos movimentar comercialmente com segurança”, diz. Abrahão diz ainda que o grupo “foi obrigado a pedir um teto maior em função das vendas realizadas”. De acordo com ele, o mundo inteiro vende Copa e cabe ao Brasil vender em torno de 60% da venda mundial. “Quanto a venda para o público não há definição ainda”, finaliza.
Luciano Palumbo