“A decisão de deixar a Brasil Travel veio após uma reunião familiar”, disse o presidente do conselho administrativo da Costa Brava, Mauro Schwartzmann, em entrevista exclusiva o MERCADO&EVENTOS. O executivo afirmou ainda que a decisão foi tomada devido a morosidade dos processos internos da Brasil Travel e ao momento econômico desfavorável para o mercado de ações no Brasil.
O executivo disse que a Costa Brava – no início do processo – entrou de ‘cabeça’ por achar a ideia brilhante. “Já havia acontecido algo parecido em dois outros setores da economia [imobiliário e de seguros], além do momento [um ano atrás] ser oportuno para o Brasil”, disse. Segundo ele, na época, a Costa Brava vinha de um crescimento constante no mercado do interior.
Estrutura – Depois de suspender o IPO, a Brasil Travel apostou em um novo modelo. Agora, a holding de turismo cancelou o seu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Insistimos neste segundo modelo por ainda acreditar e ter parceiros envolvidos na criação da holding”, disse. No primeiro molde a capitalização das empresas precedia a operação. Já no segundo, o risco era muito mais latente e acabou dispersando as empresas.
A saída da Costa Brava estava prevista a mais de 90 dias. Segundo Schwartzmann, o diálogo já não era tão proveitosos os diálogos e os projetos internos estavam engessados. “Estávamos com muitas pendências que dependiam expressamente de autorização da nova empresa. Isso travou algumas das nossas operações”, afirmou.
Para o executivo, os processos agora voltam a andar. “Já contratamos um controller e fechamos uma parceria com a empresa canadense CTMS, que atua nos mesmos moldes que a Costa Brava no Canadá e em outros países”, afirmou. “Em breve teremos mais novidades. Não deixamos de crescer nesse tempo, apenas tivemos alguns projetos paralisados”, comentou.
A Costa Brava, assim como a Copastur assumiram a multa contratual com a saída da holding.
Luciano Palumbo