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Hotelaria

Selina encerra atividades no Brasil e deixa dívida milionária

Selina Lapa Rio (dIVULGAÇÃO/sELINA)

Selina Lapa Rio (Divulgação/Selina))

A rede de hotéis Selina encerrou oficialmente suas operações no Brasil no dia 5 de fevereiro de 2025, com a rescisão dos contratos e o pagamento das indenizações trabalhistas de aproximadamente 220 funcionários. O desfecho ocorre após sete anos de atuação no país e resulta em uma dívida superior a R$ 100 milhões.

A Selina, que operava sob um modelo de arrendamento, deixou de cumprir suas obrigações financeiras, incluindo pagamentos de aluguéis, impostos e títulos emitidos para financiar suas atividades no Brasil. Entre os credores está a Valora Investimentos, que adquiriu a gestora Mogno Capital em maio de 2023 e herdou os passivos da rede hoteleira.

Em 2022, a Selina abriu capital na bolsa de Nova York por meio de um SPAC, mas a estratégia não impediu o agravamento de sua crise financeira. Com dificuldades crescentes, a rede tornou-se insolvente dois anos depois. Em agosto de 2024, a Collective Hospitality anunciou a compra dos ativos globais da empresa, mas ao avaliar a situação no Brasil, optou por manter apenas duas unidades: Copacabana e Lapa, no Rio de Janeiro.

Os demais imóveis tiveram destinos variados. Em Florianópolis, a propriedade será convertida em um condomínio de luxo. A unidade de Foz do Iguaçu foi fechada, enquanto os empreendimentos de Búzios e Vila Madalena (SP) serão reabertos sob a bandeira Handwritten Collection, da Accor. A unidade de Búzios já foi assinada e a de Vila Madalena está em fase final de negociação.

O fundo imobiliário MGHT11, que detém imóveis arrendados pela Selina em São Paulo e Búzios, notificou a rede por falta de pagamento e solicitou a desocupação. A inadimplência afetou diretamente a distribuição de dividendos do fundo, suspensa desde agosto de 2024. Os gestores afirmaram que não receberam qualquer proposta de renegociação da dívida desde a aquisição da Selina pela Collective Hospitality.

O encerramento das operações da rede no Brasil reflete o colapso financeiro da empresa, que retirou suas ações da bolsa de Nova York em 2024. Apesar do impacto sobre fornecedores e proprietários de imóveis, os funcionários foram indenizados, encerrando um ciclo de incertezas para a equipe.

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