Um relatório da Amadeus destaca a Inteligência Artificial Generativa (IA Generativa) como uma das principais prioridades do setor de viagens até 2025, embora a implementação enfrente desafios, como a escassez de talentos, retorno sobre o investimento (ROI) e segurança de dados. O estudo, intitulado “Navigating the Future: How Generative AI is transforming the travel industry”, entrevistou 306 líderes do setor de tecnologia em viagens.
Conforme o levantamento, 46% dos entrevistados consideram a IA generativa como a prioridade máxima, superando outras tecnologias como gestão de dados (38%) e computação em nuvem (36%). Na região Ásia-Pacífico, o número sobe para 61%. Atualmente, 41% das empresas do setor já dispõem de orçamento e recursos para implementar a tecnologia, enquanto 87% estão dispostas a colaborar com fornecedores externos.
Apesar do otimismo, o relatório aponta obstáculos significativos, incluindo preocupações com a segurança de dados (35%), falta de experiência e treinamento em IA generativa (34%) e qualidade inadequada de dados e infraestrutura (33%). Sylvain Roy, diretor de tecnologia da Amadeus, enfatizou que o uso responsável da IA é essencial para garantir a privacidade e a confiabilidade, destacando o potencial transformador da tecnologia no setor.
“Embora exista otimismo em relação à implementação da IA generativa, precisamos abordar os desafios relacionados à segurança de dados e à falta de experiência para garantir seu sucesso.O uso responsável da IA é essencial para garantir a privacidade e a confiabilidade, destacando o potencial transformador da tecnologia no setor”, diz.
A IA generativa tem sido aplicada principalmente em assistentes digitais (53%), recomendações personalizadas (48%) e geração de conteúdo (47%). A expectativa é que ela melhore a experiência dos viajantes e a eficiência operacional. O relatório completo pode ser acessado no site da Amadeus.
Desde o final de 2022, com a popularização do ChatGPT, o interesse pela IA generativa tem aumentado significativamente no setor de viagens. O estudo da Amadeus, conduzido pela Mercury Analytics, busca responder questões práticas sobre o uso dessa tecnologia, identificando desafios e benefícios concretos.
Dos 306 líderes seniores entrevistados, 72% possuem experiência em adaptar modelos de IA generativa para atender a necessidades específicas, enquanto 24% têm experiência prática direta com essa tecnologia. Além disso, 71% têm autoridade final sobre as decisões relacionadas à IA generativa em suas empresas.
O documento explora como a IA generativa está sendo implementada, destacando sua importância na personalização de serviços e melhoria do atendimento ao cliente. Os líderes mencionaram a aplicação da IA em áreas como análise de dados (68%), acesso ao conhecimento (49%) e suporte ao cliente (46%).
O uso de assistentes digitais, recomendações e geração de conteúdo se destaca como as principais aplicações da IA generativa no setor de viagens. As empresas estão adotando essa tecnologia para melhorar a experiência dos viajantes, com 53% utilizando-a para assistência digital durante reservas e 48% para recomendações de atividades ou locais. A aplicação de assistentes virtuais e chatbots tem contribuído para aumentar a satisfação dos clientes e aliviar a carga dos atendentes humanos.
O crescimento do uso da IA gerativa é evidenciado pelo fato de que 41% das empresas relataram ter orçamento e recursos para implementá-la. Além disso, 51% afirmaram que a cultura empresarial é propícia à inovação com IA. Outras áreas promissoras incluem itinerários personalizados e traduções em tempo real, facilitando a comunicação entre turistas e locais.
“A IA generativa pode melhorar significativamente a experiência dos viajantes, desde assistentes digitais até recomendações personalizadas, trazendo eficiência operacional para as empresas do setor”, complementa.
O retorno sobre o investimento e a satisfação do cliente foram apontados como os principais indicadores de sucesso da implementação da IA gerativa. As empresas estão utilizando métricas financeiras, como margens de lucro e receitas, para medir o impacto da tecnologia, além de monitorar a eficiência operacional e a produtividade. Entretanto, desafios como a falta de infraestrutura e a segurança de dados ainda limitam o uso da IA gerativa em algumas áreas do setor.