73% das empresas de eventos esperam maior faturamento em 2020, afirma Abeoc

Especialistas realizam a análise dos números apresentados pela pesquisa

FORTALEZA – Com foco nos resultados e perfis das empresas de evento do Brasil, o consultor especializado, Luiz Carlos Barbosa, subiu ao palco do 28º Congresso Abeoc para compartilhar as informações da pesquisa “Raio-X das empresas de eventos no Brasil”. O estudo, realizado pela Abeoc Brasil, traz dados sobre o perfil econômico, gestão da estrutura organizacional, perfil quanto à inovação e novas tecnologias das empresas, além de previsões de faturamento do setor. O mediador escolhido para a apresentação foi o articulador do Sebrae, Regis Dias.

De acordo com a pesquisa, 80% das empresas associadas à Abeoc estão no mercado de trabalho há mais de dez anos, enquanto apenas 34% das não associadas estão abertas durante o mesmo período. “Ser associado à Abeoc é uma boa estratégia, pois, as empresas associadas apresentam um maior tempo de vida no mercado. Podemos observar que as não associadas desempenham um menor trabalho no segmento”, comentou Luiz Carlos Barbosa.

O estudo mostrou ainda que, entre as empresas estudadas, 98% são pequenas empresas (com faturamento até R$4,8 milhões), 72% estão no regime de tributação MEI e Simples, 81% tem um ou dois sócios e quase metade atua apenas regionalmente, enquanto a outra metade atua em todo o Brasil. Com faturamento médio anual de R$ 1.780.000 por empresa, 20% das empresas são organizadoras de eventos, enquanto 27% são apenas fornecedoras ou prestadoras de serviço para o segmento.

Previsões para 2020

De acordo com o documento, 73% das empresas esperam obter um maior faturamento em 2020. Em média, elas esperam que esse crescimento seja de cerca de 6% na receita. Com relação à contratação de funcionários, os dados da pesquisa indicam que 44% das empresas esperam aumentar sua equipe. Em contrapartida, espera-se que 49% das empresas mantenham o mesmo número de funcionários.

Entre as estratégias mencionadas pelas empresas para se tornarem mais competitivas, “promover a inovação” se destaca ao ser mencionada por 56% das empresas. Em seguida, observamos “estabelecer parcerias”, com 55%; “investir em mais tecnologias”, com 54%; “aumentar a produtividade”, com 49%; e “investir em comunicação digital”, com 48%.

Principais problemas

Com relação aos desafios registrados, o estudo indica que 52% das empresas mencionam a concorrência desleal e injusta, seguida pela dificuldade em encontrar profissionais qualificados (46%), e da carga tributária (46%). Outro destaque foi o excesso de regulamentação e burocracia, apontado como um problema por 32% das empresas.

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 155 empresas, no período que vai de 21 de agosto até 20 de novembro. O questionário foi realizado de maneira virtual através do EncuestaFacil e apresenta um intervalo de confiança de 95%.

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