Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Destinos

Com reabertura indefinida, Argentina aposta no Brasil para a retomada

Ricardo Sosa

Ricardo Sosa, secretário executivo do Inprotur

O Brasil é o maior mercado estrangeiro para a Argentina. Há praticamente seis meses, no entanto, nenhum visitante de outro País pode pisar em solo argentino, isso porque as fronteiras permanecem fechadas como medida para conter a disseminação da Covid-19. Tal cenário está prestes a mudar. O secretário-executivo do Instituto Nacional de Promoção Turística da Argentina (Inprotur), Ricardo Sosa, afirmou que a decisão deve ser tomada em breve. E quando isso acontecer, o órgão está pronto para iniciar um amplo trabalho de promoção.

“Na semana passada, o Ministro de Transporte anunciou volta dos voos de cabotagem. Este é o primeiro passo para a reabertura. Consideramos que na próxima semana, o ministro do Transporte vai anunciar a data de abertura de fronteiras internacionais”, revelou Sousa em entrevista exclusiva ao MERCADO & EVENTOS. “Acreditamos que a abertura possa acontecer novembro ou, excepcionalmente, em dezembro. Mas isso depende de questões como as condições sanitárias e de coordenações com estes países”, complementou.

Sosa ressaltou que o Brasil segue sendo o principal emissor e que aposta nisso também no pós-pandemia. Todos os anos cerca de 1,5 milhão de brasileiros visita o País e vê potencial para ampliar este número com as novas estratégias. “Observamos que existe uma potencialidade muito grande. Analisamos profundamente que pela chegada aérea, de brasileiros com maior poder aquisitivo, os destinos mais procurados são Buenos Aires, Patagônia e Mendoza. Mas também ter em conta os três estados do sul. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde faremos um trabalho profundo de posicionamento para aproveitar algo que foi identificado agora, uma motivação maior pelas viagens de carro”, revelou.

O executivo lembrou que tanto a Organização Mundial do Turismo, quanto o WTTC colocam as viagens rodoviárias à destinos próximos como uma grande tendência. Sosa explicou que há grande quantidade de cidades próximas a estes estados brasileiros, incluindo Missiones e Corrientes, por exemplo. “Estes turistas podem manter um fluxo o ano todo, desde que a gente gere ofertas de forma contínua. Desta forma, consideramos que podemos superar a marca de 1,5 milhão”, afirmou.

Promoção

Além da diversificação de destinos e do público-alvo, o secretário-executivo do Inprotur aposta em uma estratégia que já vinha sendo feita. Ele contou que será intensificada a presença da Argentina com ações de incentivo e relações com o trade, incluindo agentes de viagens, operadoras, OTAs e companhias aéreas. Além disso, serão feitas ações para o público final para estimular a vontade de viajar ao País.

Nos próximos dias entra no ar também uma campanha baseadas nas redes sociais com depoimentos de empresários do Turismo de 31 países, incluindo do Brasil, estimulando as viagens para a Argentina. “Faremos ainda campanhas conjuntas com as operadoras brasileiras com garantia de conversão. Vamos aportar o que for necessário para que elas possam gerar vendas concretas com base nas promoções”, destacou.

A expectativa pela reabertura é grande. Para as autoridades argentinas, quando for permitida a entrada de brasileiros, o fluxo será intenso. E há dados que comprovam esta impressão. Segundo Ricardo Sosas, uma campanha cooperada feita em conjunto com a Aerolíneas Argentinas em agosto para a América Latina e Estados Unidos gerou a venda de 7 mil bilhetes, mesmo sem uma data concreta para a reabertura. “Destas vendas 35% foram para brasileiros. Além disso as operadoras do Brasil nos reportam uma grande procura pra Argentina”, finalizou.

Receba nossas newsletters