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Feiras e Eventos

Embratur: falta de dinheiro prejudica atuação do Brasil no exterior

lummertz

Vinicius Lummertz

Não é de hoje que o Brasil tem deixado a desejar em suas participações em feiras internacionais. A cada ano o estande da Embratur tem menos a cara e a beleza do Brasil. De acordo com o presidente da empresa, Vinicius Lummertz, as crises políticas e econômicas do país fizeram com que os recursos da empresa fossem reduzidos. Neste ano são apenas US$ 17 milhões para promover o Brasil no exterior.

“Eu aceito as criticas feitas sobre o estande. Ele esta muito menor, passou de 357 para apenas 200 metros, porém, aumentamos a participação de cooperados de 35 para 42. Ou seja, rentabilizamos o espaço. Sei que não é o modelo e o conceito ideais para o país, mas foi o que conseguimos e estamos fazendo o melhor que podemos com tão pouco”, explicou.

Outra novidade deste ano no estande é que cada cooperado tem uma agenda com as empresas argentinas em uma rodada de negócios, além de capacitações para o trade e o público final. A Embratur também conta agora com estandes independentes de estados brasileiros que ampliam a área de atuação na feira para quase 2 mil metros quadrados. “A partir de agora a estratégia é investir em parcerias”, falou.

Argentina – Segundo o executivo, a Embratur tem apenas R$ 6 milhões para realizar uma campanha de verão na Argentina, quando este valor era mais que duas vezes maior no ano anterior. “Em 2015 tivemos mais de 2 milhões de argentinos no Brasil, um incremento de 300 mil em relação ao ano anterior. Esse movimento gerou uma receita de US$ 1,4 bilhões para o país e pelo menos 2% deve valor devia ter sido reinvestido em promoção nesse mercado que é prioritário para nós. Porém, hoje só temos uma pequena parte do orçamento – já pequeno da empresa – para trabalharmos. Isso terá reflexo com certeza no futuro”, argumentou.

Futuro – Lummertz diz que para o futuro já há um plano de mudar a Embratur e transformá-la em uma agência no modelo do Brand USA. Faz parte desse projeto ainda um novo conceito de estande nas feiras com investimento dos cooperados. Além disso, os EBTs também sofreriam mudanças, já que hoje o modelo é o único aceito pelo CGU e TCU. Modelo este que já foi questionado. “A ideia é que os EBTs sejam ocupados por funcionários da Embratur, com novo plano de cargos e salários, para que eles possam atuar de forma correta no mercado internacional”, antecipou. Outra ação que faz parte dessa nova Embratur é a capacitação das 200 embaixadas brasileiras para que eles possam operar turismo. Tudo isso faz parte da estratégia que será apresentada em breve ao presidente Michel Temer.

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