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“O desafio não é encher, é qualificar”, diz Geninho Goes sobre a BNT Mercosul, que deve reunir quase 7 mil participantes

Geninho Góes, idealizador da BNT Mercosul (Ana Azevedo/M&E)
Geninho Góes, idealizador da BNT Mercosul (Ana Azevedo/M&E)

BALNEÁRIO CAMBORIÚ – A 31ª edição da BNT Mercosul, que ocorre entre os dias 30 e 31 de maio, prevê alcançar cerca de 7 mil participantes neste ano. Em 2024, o evento recebeu 6.500 visitantes e, até esta semana, já havia mais de 6.900 inscritos, segundo Geninho Goes, idealizador da feira, em entrevista ao M&E.

A edição deste ano conta com uma novidade: capacitações realizadas dentro e fora da feira, com o hotel Sibara como anfitrião.“Temos dois desafios: manter o público dentro da feira, que é um evento profissional e fechado, e, ao mesmo tempo, capacitá-lo. Hoje, ninguém quer só folder; quer informação e contato. Por isso, criamos atividades paralelas, com almoço e jantar, que incluem capacitação. A logística é o principal desafio, porque precisamos garantir o público. Quem leva não é o destino, é a BNT. Hoje, todas as salas estavam cheias.

Nosso foco não é quantidade, e sim qualidade. Acho que, neste ano, vamos superar o número de participantes, mas sempre priorizo a qualidade. Encher um espaço desses é fácil; difícil é manter o compromisso com a excelência”, ponderou.

Vale destacar que, para esta edição, a BNT Mercosul recebe cerca de 34 caravanas, vindas do Nordeste ao Sul do Brasil — com exceção da região Norte, que participa como expositora — além dos agentes individuais. No mercado internacional, estão presentes agentes de viagens do Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile.

“É um público bem selecionado, convidado por operadoras, e eles recebem um pacote de vantagens: passagem, hospedagem, alimentação e passeios. Existem várias exigências para que cumpram o roteiro de atividades. Não é alguém que vem apenas para passear — até dá tempo de conhecer a cidade pela manhã, mas há um compromisso com a agenda”, explica.

BNT Mercosul: Do Brasil para o Brasil

A BNT Mercosul segue firme no propósito de fortalecer o mercado do turismo brasileiro e está colhendo os frutos da segmentação mercadológica. “Hoje, o mercado está mais segmentado. Temos agências especialistas em Brasil, outras em Disney. Aqui, o foco é quem quer vender Brasil. Quem é especialista em Disney não vai vir, porque sabe que não terá estande.

Nosso diferencial é fomentar o turismo nacional. Não dá para comparar com feiras internacionais, onde cada pavilhão representa um país ou continente. Mas, no Brasil, somos o único evento com esse foco”, enfatiza.

Segundo o gestor, neste ano a feira conta com representantes de 17 estados.“Cresceu muito o número de empresas de hotelaria. Temos um corredor da ABIH-SC, a Braztoa com dez operadores importantes e, amanhã, teremos 45 na rodada de negócios. Nosso evento não é tão grande, mas os estandes reúnem seus cooperados.

Por exemplo: o Rio Grande do Sul tem quase 200 cooperados; Santa Catarina, 180. Então, imagine: um estande agrega várias empresas, destinos, hotéis, serviços, receptivos. Não saberia dizer exatamente, mas acho que passa de 500 empresas participando. Se considerar quantas estão vendendo, são mais de 500”, destaca.

Geninho também observa a mudança no perfil de consumo da sociedade. Segundo ele, há uma busca crescente pela experiência, acima da aquisição de bens. “Estamos saindo de um mundo muito consumista — de querer ter um carro, trocar a casa, comprar uma televisão — para uma era de experiências. Acho que o turismo vai ganhar muito com isso”, finaliza.