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Rodrigo Novaes, secretário de Turismo de Pernambuco
MADRI – Além da promoção, a participação de Pernambuco na 40ª Fitur tem um objetivo principal: a viabilização de seu programa de stopover com a TAP. O secretário de Turismo do estado, Rodrigo Novaes se reuniu na última quarta-feira (20) com o diretor da companhia no Brasil, Mario Carvalho, para acertar detalhes do acordo anunciado durante a última BTL, em março de 2019.
“É questão de logística e de compreender como o stopover pode funcionar no Brasil, que é diferente do que acontece em Lisboa. É um stopover complexo, que não inclui só o bilhete e a gratuidade no trecho, mas uma série de serviços que acaba envolvendo todo o trade turístico, com o polo gastronômicos e o hoteleiro. Existe a necessidade de interagir com estes agentes para que o stopver funcione com qualidade”, explica o secretário.
Entre os entraves estão a organização do trade para atender as exigências do acordo, principalmente na capital Recife, porta de entrada para os turistas. “O stopover tem descontos muito grandes para você passar estes três dias e para que isso seja muito atrativo para o turista. Isso a gente ainda não conseguiu negociar os detalhes. Estamos avançando e buscando soluções para que este mecanismo funcione. Isto nunca aconteceu em Recife, é um novo modelo e isso não é muito simples, por isso o trade de Recife não está muito acostumado. Temos buscado parceria e estamos conversando para viabilizar”, salienta o secretário.
Outro entrave está no investimento em publicidade. “Na parte do investimento também existe uma burocracia, pois se trata de envio de recursos para o exterior, mas estamos resolvendo estes entraves”, completa.
Mario Carvalho, da TAP, se reune com João Baptista Neto da Embratur, Rodrigo Novaes, secretário de Turismo de Pernambuco, e Otaviano Maroja, da Associação de Hotés de Porto de Galinhas
NOVOS MERCADOS
O projeto de stopover está em linha com a estratégia do estado de retomar os patamares já atingidos no mercado europeu. “A Europa, sem sombra de dúvida, se mostra como um mercado fundamental. Já foi muito maior, mas a concorrência com o Caribe e a crise de 2009 acabaram prejudicando, principalmente na criação de voos charters. Mas o Nordeste está disposto a fortalecer este mercado por meio de publicidade, articulação com as aéreas e capacitação, para que possamos ter os Europeus voltando as nossas praias”
Além do crescimento, a preocupação está em não depender de apenas um mercado, tendo em vista o cenário de queda da Argentina, principal emissor no estado. Neste cenário, além da Europa, Pernambuco trabalha para fortalecer o número de emissores nos Estados Unidos, de olho no fim da exigência de visto e também em outros mercados sul-americanos.
“Nosso cuidado e o nosso planejamento estratégico e não depender somente de um mercado. A maioria dos turistas estrangeiros que recebemos são argentinos, mas fazemos um trabalho para fortalecer o Uruguai e o Chile, que são mercados promissores”, completa.
Em 2019, o estado registrou um aumento de 47% no número de turistas uruguaios. Já o Chile passou a contar com conexão direta entre Santiago e Recife, com a Gol.
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