Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Entrevistas

Precisamos falar sobre a falta de representatividade feminina em cargos de liderança do setor

Políticas de diversidades nas empresas trilham o caminho para novas lideranças feminas no turismo, de acordo com Marta Rossi. Foto: reprodução

Políticas de diversidades nas empresas trilham o caminho para novas lideranças feminas no turismo, de acordo com Marta Rossi

Na semana do Dia da Mulher, celebrado no dia 08 de março, é necessário levantar uma reflexão sobre o papel das mulheres no turismo, que configuram mais da metade dos postos operacionais da indústria, e ao mesmo tempo, a escassez de liderança feminina no setor.

Dados do Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO de 2020) revelam que somente 37% das ocupações em empresas das Atividades Características do Turismo (ACT) incluem os termos “diretor” ou “dirigente” em nomenclaturas de colaboradoras, enquanto nos demais cargos, mulheres totalizam 49%.

Para Marta Rossi, presidente da Rossi & Zorzanello, a falta de representatividade feminina à frente de cargos de liderança no Turismo até os dias atuais é uma consequência do atraso para que mulheres conseguissem direitos básicos. É uma competição desleal se levarmos em consideração o contexto histórico, mas já conseguimos observar grandes conquistas mesmo em um curto período de tempo e com políticas empresariais que facilitem a chegada dessas mulheres a postos de altos níveis, podemos enxergar um futuro mais brilhante e mais feminino.

“Se fizermos uma análise de todo o processo da evolução da mulher no mercado de trabalho brasileiro, a gente vê conquistas adequadas ao seu tempo, pois estávamos muito atrás do mundo em razão de um processo cultural trazida para o Brasil na época da colonização. Foi uma evolução lenta, mas tivemos conquistas como a criação da Secretaria Nacional de Políticas para a Mulher, a Lei Maria da Penha. Mas foram todas conquistas muito difíceis, que começaram a surgir as primeiras políticas em favor da mulher. Mas mesmo assim, acredito que ainda foram avanços pequenos em relação à contribuição que nós mulheres damos para a sociedade e para o desenvolvimento econômico do nosso país”, explicou a empresária.

Os caminhos para reverter essa situação são muitos, mas a mudança na cultura de empresas já são um grande passo na direção correta. “Essas políticas são fundamentais pois passam a demonstrar um grande respeito ao ser humano, independentemente do gênero, valorizando a presença da mulher de igual para igual nas empresas. Sabemos que a equidade de gênero significa oferecer as mesmas oportunidades de tratamento para um e para outro, tendo assim um forte impacto no ambiente de trabalho. Quando uma empresa adere a essas políticas, coloca mulheres na mesma proporção dos homens em cargos de liderança, tudo isso impacta num maior respeito ao ser humano”, afirmou Marta.

“Eu acredito muito que a diversidade tem influência direta no desenvolvimento dos negócios e na geração de valor para a sociedade. O meio corporativo será muito mais rico e desenvolvido no momento em que o ser humano conseguir ser respeitado pela sua existência e conhecimento, e não apenas no aspecto gênero, cor ou raça”, finalizou Rossi.

Receba nossas newsletters