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SP investe R$ 18 milhões em programa de estrutura náutica; previsão é faturar R$ 8 bilhões

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo (Foto: Ana Azevedo/M&E)

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo

SÃO PAULO – O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, assinou, nesta quinta-feira (8), ordens de serviço para o início do Programa de Estruturas Náuticas, cuja previsão de faturamento será de R$ 8 bilhões em dez anos, conforme análises da pasta. Para tanto, a entidade está investindo R$ 18 milhões na implementação de estruturas, que tem previsão de entrega em dezembro deste ano.

“Estamos, como Secretária de Turismo e Viagens, buscando transformar São Paulo em uma potência do Turismo Mundial. Hoje, o grande dilema do mundo é a chamada ‘guerra de empregos’ e vemos no estado a capacidade de aumentar a geração de postos de trabalho por meio da economia do Turismo. Temos potencial para aumentar a fatia do setor no nosso PIB e estamos preparados para, com planos, para fazer acontecer”, diz Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo.

Obras contemplarão treze municípios paulistas localizados à beira de rios, lagos e represas, implementando píers, decks e rampas de apoio.

Com início nesta semana e previsão de entrega em dezembro, as obras contemplarão treze municípios paulistas localizados à beira de rios, lagos e represas, implementando píers, decks e rampas de apoio. São eles: Avaré, Fartura, Pederneiras, Piraju, Sales, Timburi, Araçatuba, Mira Estrela, Pereira Barreto, Presidente Epitácio, Rosana, Rubineia e Três Fronteiras.

Haverá ainda, a criação de sistemas de ancoragem, que assim como os demais itens abordados, serão feitos em peças pré-montadas. Já em terra firme a intervenção visa a estruturação de decks de madeira, e área de deslocamento do transeunte, pergolado, mirante, paisagismo e mobiliário urbano.

A ação desta quinta-feira (8), foi concentrada na assinatura para os municípios de Fartura, Timburi, Avaré, Rosana e Pederneiras. Da lista, os demais já estão com os acordos firmados. Lummertz aproveitou a ocasião para ressaltar o potencial do Turismo de Pesca Esportiva, citando a demanda de estrangeiros para o desempenho da atividade no Mato Grosso do Sul.

Autoridades durante a solenidade da assinatura da Ordem de Serviço das Estruturas Náuticas do Estado de São Paulo (Foto: Ana Azevedo/M&E)

Autoridades durante a solenidade da assinatura da Ordem de Serviço das Estruturas Náuticas do Estado de São Paulo

“Temos progresso em vista e não só no Turismo como um todo, mas no Turismo Náutico, que dá para crescer muito, tanto em São Paulo quanto no país inteiro. A partir de hoje, Joselyr Benedito, prefeito de Avaré, será o responsável por tocar o projeto para potencializar a pesca turística no Estado, mercado que movimenta milhões. Isso aumenta a potencialidade na captação de visitantes e reforça a economia local. Podemos fazer um fórum para discussão, vídeos para mostrar as belezas e promover as localidades, além de trabalhar em um sistema de reservas para a atividade” endossa.

O dirigente também compartilha a existência de aplicativos para a locação de veículos náuticos, que opera no mesmo sistema do Airbnb, além de destacar o formato de compra de veículos náuticos com o modelo de negócio de multipropriedade.

“Esse é o futuro. A economia tem que ser compartilhada, porque só assim ela é melhor usada e funciona de forma ecológica. Com soluções nesse formato o acesso fica mais democrático. Para aquele que deseja obter um um barco, mas não consegue arcar com o valor cheio, o formato compartilhado, como é operado nos empreendimentos de multipropriedades, é uma saída, já que fraciona em cotas, por pessoa, o custo total. Lembrando que ninguém usa um barco por tanto tempo [a lazer], no máximo um mês, então é uma saída econômica que permite o crescimento do segmento”, salienta.

Impacto socioeconômico

São Paulo tem 120 municípios mapeados com vocação para o Tursino Náutico. Ao todo, são 630 quilômetros de costa marítima, cerca de 4,2 mil km de rios navegáveis e mais de 50 reservatórios – lagos e represas – no entanto, há poucos atrativos turísticos para atender a vocação.

Número de turistas e excursionistas que atualmente não ultrapassa 1,7 milhão por ano nas 13 cidades chegará a quase 6 milhões em dez anos, com o projeto

Conforme o estudo do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens, o número de turistas e excursionistas que atualmente não ultrapassa 1,7 milhão por ano nas 13 cidades chegará a quase 6 milhões em dez anos, com o projeto. A movimentação financeira direta e indireta nestes municípios deve passar de 2,5 bilhões para 8 bilhões por ano no mesmo período.

De acordo com a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar) o volume de locação de barcos, lanchas e motos aquáticas cresceu 10% ao ano entre 2021 e 2022, em decorrência da tendência por turismo ao ar livre, como reflexo da pandemia de Covid-19.

A entidade estima que uma instalação de apoio náutico para 300 embarcações tenha impacto direto, indireto e induzido de R$ 141 milhões por ano na economia local e garanta 780 postos de trabalho. Os empregos são gerados de forma direta e indireta em instalações como marinas, estaleiros, fabricantes e fornecedores de embarcações, além de hotéis, restaurantes e comércio local.

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