
SÃO PAULO – Abav Expo 2025 aposta alto no segmento de luxo para reforçar o papel do Brasil no turismo internacional. A grande novidade deste ano será o Abav Exclusive, área dedicada a experiências de alto padrão e encontros de negócios com foco em curadoria e relacionamento qualificado.
A proposta foi antecipada por Jerusa Hara, representante da Abav Nacional, que classifica o novo espaço como um divisor de águas para o evento. “A ideia não era fazer mais do mesmo. Todo mundo já fala de luxo, mas a gente queria algo realmente exclusivo, com curadoria de verdade”, afirma.
O projeto é fruto de uma demanda do Rio de Janeiro — sede da feira em 2025 — e terá curadoria de João Vilaça, especialista no setor e membro da Abav-RJ. O Abav Exclusive ocupará um dos mezaninos do Riocentro e contará com acesso restrito: serão 20 compradores premium (15 brasileiros e 5 internacionais) em reuniões privadas com 20 fornecedores selecionados.
Nos dois primeiros dias da feira, o foco será a troca entre esses grupos. “Nada de multidão. É foco, qualidade e relacionamento estratégico”, resume Jerusa. Após esse período, os fornecedores terão a opção de abrir agendas para outros encontros, sempre com agendamento prévio.
A programação inclui ainda um tour de luxo pelo Rio, em parceria com o Visit Rio, reforçando a proposta de imersão e experiência completa para os convidados.
Com o crescimento da demanda por produtos personalizados e sofisticados, a criação do Abav Exclusive sinaliza um movimento da entidade em direção ao reposicionamento da feira. A expectativa é que o espaço sirva como vitrine e plataforma de negociação com impacto direto na imagem do Brasil no mercado internacional.
“O turismo de luxo é um mercado em ascensão, e o Brasil tem um potencial imenso nesse nicho”, diz Jerusa. Para ela, a iniciativa não é apenas comercial: é também uma ação estratégica de visibilidade e autoridade.
A nova edição da feira está marcada para o segundo semestre e deve reunir milhares de profissionais do setor. Mas, no mezanino do Riocentro, a aposta é no silêncio das negociações privadas — e no ruído que elas podem gerar no mercado global.

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