Apesar do crescimento de 21,1% do índice de atividades turísticas em 2021, com destaque para São Paulo (11,9%), Rio de Janeiro (16,9%), Minas Gerais (31,6%), Bahia (47,3%) e Pernambuco (40,9%), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apurou que o setor de Turismo deixou de faturar R$ 214 bilhões no ano passado, acumulando, desde fevereiro de 2020, R$ 473,7 bilhões em perdas de receitas.
Além disso, com a eliminação de mais de 476 mil vagas formais no primeiro ano de pandemia, o setor apresentou encolhimento de 13,7% na força de trabalho formal, a maior queda entre as demais áreas da economia, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Contudo, diante do gradual processo de recuperação ocorrido em 2021, o saldo entre admissões e desligamentos no mercado formal ficou positivo em 150,9 mil postos de trabalho.
Crescimento tímido em 2022
Considerando as previsões de baixo crescimento econômico para 2022, a CNC estimou avanço menor, de 1,7%, para o setor de turismo em 2022. O economista da entidade responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, avalia, contudo, que não há expectativa de que as atividades terciárias apresentem taxas próximas às do ano passado.
“As projeções levam em consideração, no caso do setor de serviços, o encarecimento do crédito e a resiliência inflacionária por um período mais prolongado. Já no caso do turismo, os agravantes são a conjuntura econômica menos favorável e o cancelamento de eventos relevantes no processo de geração de receitas”, explica.