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Brasil / Destinos / Turismo em Dados

Turismo deve crescer 16% e faturar R$ 130 bilhões em 2021, diz FecomercioSP

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Os segmentos que registraram os resultados mais expressivos, a partir do quarto mês do ano, foram aviação, alimentação e hospedagem

O turismo brasileiro deve terminar o ano com crescimento de 16% e faturamento de R$ 130 bilhões, cerca de 78% do registrado no período pré-pandemia.  Os segmentos que registraram os resultados mais expressivos, a partir do quarto mês do ano, foram os de transporte aéreo, com alta anual de 83,9%, e serviços de alojamento e alimentação, que teve elevação de 61,9%.

“No entanto, a base de comparação explica o resultado, pois, esses foram os setores que mais sofreram o impacto da crise em 2020, estando, também, abaixo do patamar de abril de 2019”, diz a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), responsável pelo levantamento de dados através do Conselho de Turismo.

A perspectiva da Fecomercio é a de que o transporte aéreo encerre o ano com faturamento de R$ 37,8 bilhões, o que representa um crescimento anual de 30,5%

AVIAÇÃO – Segundo os dados, a demanda dos passageiros aéreos atingiu nível superior a 6 milhões em julho, mantendo-se no mesmo nível nos meses seguintes. Até junho esses números estavam menores do que 5 milhões de pessoas. A perspectiva da Fecomercio é a de que o transporte aéreo encerre o ano com faturamento de R$ 37,8 bilhões, o que representa um crescimento anual de 30,5%. “Porém, ainda 36% abaixo do nível de 2019″.

RODOVIÁRIO – O transporte rodoviário (intermunicipal, interestadual e internacional), que apresentou quedas relativamente modestas no início do ano, deve encerrar 2021 com alta de 9% e faturamento de R$ 17,7 bilhões (5,1% abaixo do patamar de 2019). Para o transporte aquaviário, a projeção de alta é 8,4% (R$ 467 milhões em valores absolutos).

LOCAÇÃO – Para o grupo de locação de veículos, agência e operadoras de turismo, a expectativa é que haja aumento no faturamento de 4,2%, chegando a R$ 29 bilhões. Na comparação com 2019, o nível ainda é 8,5% abaixo do obtido. Embora negativo, é um dos resultados relativos mais favoráveis entre os setores analisados pelo levantamento. O último trimestre deve registrar um ritmo de crescimento de 7%.

HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO – Os dados indicam ainda que o grupo de alimentação e alojamento deve registrar alta de 15,9%, com faturamento de R$ 25 bilhões, um quadro ainda negativo quando comparado ao ano de 2019 (alta foi de 26%).

Inflação: preço da passagem aérea cresce mais de 50%

Aeroporto maceió alagoas- por Kaio Fragoso (9 de 26)

Em 12 meses, o preço da passagem aérea aumentou 50,11% (Kaio Fragoso)

Apesar de os números apontarem para um bom desempenho no início de 2022, o processo inflacionário pode limitar um crescimento mais expressivo do setor no próximo ano, embora o dólar alto ainda mantenha a atratividade do turismo doméstico, que passou a ser “descoberto” por muitos brasileiros.

O levantamento, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o setor tem enfrentado inflação de 16,75% nos últimos 12 meses. Esta variação é superior à média do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), de 10,67%. Isto é, há um avanço real de preços do turismo de 5,49%.

Setor tem enfrentado inflação de 16,75% nos últimos 12 meses. As passagens aéreas são as principais responsáveis pela alta

As passagens aéreas são as principais responsáveis pela alta. Em 12 meses, o preço aumentou 50,11%, resultado da demanda reprimida pela pandemia e do aumento de custos, sobretudo do querosene (QAV), que subiu 90%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Segundo as análises da FecomercioSP, a alta do combustível e da energia elétrica deve impactar outras atividades importantes do setor, como hotéis e translados, que repassarão os custos aos consumidores e aos pacotes turísticos, pressionando os valores nos próximos meses.

Fonte: Agência Brasil

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