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Brasil / Destinos / Política / Turismo em Dados

Turismo já perdeu mais de R$ 62 bilhões em função da pandemia, estima CNC

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Segundo a Confederação, a perda é de R$ 12,24 bilhões somente nos dez primeiros dias de maio

Um novo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que o setor de turismo no Brasil acumula perdas de R$ 62,5 bilhões desde o início da pandemia do novo coronavírus, no dia 11 de março. Rio de Janeiro (R$ 8,86 bilhões) e São Paulo (R$ 22,6 bilhões), principais focos da Covid-19 no Brasil, concentram mais da metade do prejuízo nacional registrado pelo setor, ainda de acordo com a CNC.

Segundo a Confederação, a perda de R$ 13,4 bilhões, durante o mês de março, chegou a R$ 36,94 bilhões em abril e a R$ 12,24 bilhões somente nos dez primeiros dias de maio, totalizando mais de R$ 60 bilhões de perdas em relação ao período pré-pandemia. O segmento segue sendo fortemente impactado pela intensificação de medidas visando à redução do ritmo de expansão da doença, como o isolamento social e o fechamento das fronteiras em diversos países.

“Existe uma grande correlação entre o fluxo de passageiros, que caiu drasticamente no País, e a geração de receitas no Turismo. O cenário para o setor, que já era bem negativo há dois meses, se agravou nas semanas seguintes, alcançando uma paralisia quase completa nos dois últimos meses, a ponto de praticamente triplicarem-se os prejuízos no período”, explica o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Considerando os 16 maiores aeroportos do Brasil – responsáveis por mais de 80% do fluxo de passageiros –, as taxas de cancelamento de voos nacionais e internacionais saltaram de uma média diária de 4%, nos primeiros dias de março, para 93% até o fim de março. Em relação à última semana de fevereiro, o número de voos confirmados diariamente recuou 91% em relação ao período anterior à pandemia.

Sabemos que todos os setores da economia estão sendo afetados, mas o segmento voltado ao Turismo terá o processo mais longo de recuperação, temos uma projeção de 300 mil desempregados

Alexandre Sampaio, diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade, chama atenção para o potencial número de empregos que podem desaparecer. “Sabemos que todos os setores da economia estão sendo afetados, mas o segmento voltado ao Turismo terá o processo mais longo de recuperação, temos uma projeção de 300 mil desempregados. Vamos fazer o que for possível para minimizar os efeitos negativos no nosso setor”, afirma.

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