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Curiosidades / Destinos / Turismo em Dados

Turismo mundial sobe e registra 1,5 bi de chegadas de turistas internacionais em 2019, diz OMT

A maioria das mulheres viajantes buscam o nordeste brasileiro como destino.

Na América do Sul, em específico, o número de turistas internacionais caiu devido à turbulência social e à política das regiões

O primeiro relatório sobre números e tendências do turismo global da nova década, o mais recente estudo da Organização Mundial do Turismo (OMT), revelou o décimo ano consecutivo de crescimento do Turismo global. Em 2019, todas as regiões tiveram um aumento nas chegadas internacionais, registrando 1,5 bilhão de turistas internacionais, um crescimento de 4%, com 54 milhões de chegadas a mais que em 2018.

O crescimento contínuo do segmento consolida o turismo como um setor econômico líder e resiliente, mesmo com as incertezas atuais, como os dúvidas em torno do Brexit, o colapso de Thomas Cook, as tensões geopolíticas e sociais e a desaceleração econômica global, que contribuíram para um crescimento mais lento em 2019, em comparação com as taxas excepcionais de 2017 e 2018. Essa desaceleração afetou principalmente as economias avançadas, principalmente a Europa, a Ásia e o Pacífico.

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), 2019 registrou aproximadamente 54 milhões de registros internacionais a mais do que 2018

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), 2019 registrou aproximadamente 54 milhões de registros internacionais a mais do que 2018

“Nesses tempos de incerteza e volatilidade, o turismo continua sendo um setor econômico confiável. Nosso setor continua superando a economia mundial e exigindo que não apenas cresçamos, mas também melhoremos”, disse o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.

 

Balanço dos destinos

O Oriente Médio emergiu como a região cujo número de chegadas internacionais foi o de crescimento mais rápido em 2019, com um aumento de quase o dobro da média global (+8%). O crescimento na Ásia e no Pacífico diminuiu, mas ainda assim, eles apresentaram taxas de crescimento acima da média, com 5% a mais de chegadas internacionais.

Na Europa, o aumento também foi menor do que nos anos anteriores (+4%), mas ela continua na liderança quando o assunto é o número de turistas internacionais que chegam ao continente, recebendo 743 milhões de viajantes no ano passado (51% do mercado global).  A França continua sendo o destino mais visitado do mundo, com 89 milhões de turistas estrangeiros, seguida pela Espanha e pelos Estados Unidos.

As Américas (+2%) apresentaram um cenário misto pois muitas ilhas no Caribe consolidaram sua recuperação após os furacões de 2017. Na América do Sul, em específico, o número de turistas internacionais caiu devido à turbulência social e à política das regiões.

Os dados disponíveis para o continente africano são limitados, mas apontam resultados positivos no Norte da África (+9%) e pouco crescimento na região da África Subsaariana (1,5%).

Em contraponto com uma queda nos números de crescimento econômico global, os gastos com turismo continuaram crescendo, principalmente entre o top 10 do mundo que mais gastam. A França e os Estados Unidos apresentaram bons números porém, alguns mercados emergentes como Brasil e Arábia Saudita apresentaram quedas nos gastos com turismo. A China, considerada a principal fonte de turistas, teve aumento de 14% nas viagens para fora do país no primeiro semestre de 2019, embora as despesas tenham caído 4%.

Previsões para 2020

Para 2020, está previsto um crescimento de 3% a 4%, uma perspectiva refletida no último Índice de Confiança da OMT, que mostra um otimismo cauteloso: 47% dos participantes acreditam que o turismo terá um desempenho melhor e 43% no mesmo nível de 2019. Eventos esportivos, incluindo as Olimpíadas de Tóquio, e eventos culturais como a Expo 2020 Dubai deverão causar um impacto positivo no setor.

No entanto, algumas situações que podem ocorrer em países específicos podem levar a uma redistribuição de viagens para outros destinos. Em um cenário mais favorável, a transição do Brexit, a primeira fase do acordo comercial EUA-China e a melhoria gradual do ambiente social, podem dar sinais mais claros à economia à medida que as tensões diminuem.

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