A Azul anunciou a retirada definitiva de duas aeronaves A330-900neo provenientes da Ásia, que haviam sido incorporadas à frota em 2023 para atender rotas internacionais. Os aviões, que não apresentavam o padrão de interior da Azul, foram desativados após realizarem 689 voos de longa distância, principalmente entre os aeroportos de Viracopos, Confins e Recife com destino aos Estados Unidos, incluindo Orlando e Fort Lauderdale. O último voo com essas aeronaves foi realizado em maio deste ano.
Segundo a companhia, a decisão de encerrar o uso desses equipamentos está alinhada ao compromisso com a excelência da experiência do passageiro, já que os interiores destoavam do padrão habitual da empresa. A medida também considera o retorno dos próprios clientes, que apontaram a diferença na experiência a bordo.
Essas aeronaves ajudaram temporariamente a suprir a escassez de equipamentos provocada por uma crise na cadeia global de suprimentos, especialmente relacionada à indisponibilidade de motores, que afetou o setor aéreo como um todo. Com a retomada gradual da normalidade, a Azul optou por não manter os aviões fora de padrão na frota.
A saída dos A330-900neo asiáticos não impacta a atual malha internacional da Azul, já que os modelos já estavam fora de operação. A companhia segue focada na ampliação de sua presença global e opera atualmente voos regulares e sazonais para 12 destinos fora do Brasil, incluindo países da América do Sul, Estados Unidos e Europa.
Como parte dessa estratégia, a Azul iniciou recentemente voos inéditos ligando Campinas e Recife a Madri, na Espanha, e adicionou uma nova rota de Recife para Porto, em Portugal. Na alta temporada de julho, a companhia aumentou em cerca de 70% a oferta internacional em relação ao mesmo período do ano passado, com mais de 200 mil assentos disponibilizados entre chegadas e partidas.
