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Hotelaria e Alimentação

Desafios da representação patronal nos setores de hospedagem e alimentação fora do lar

Diante do meu segundo e último mandato à frente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), período que vai  até 2018, permito-me algumas reflexões em relação à responsabilidade de gestão junto às entidades sindicais patronais. Reflexões calcadas numa trajetória que inclui a presidência da FBHA, no período entre 2010 e 2014, a presidência do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio de Janeiro (SindRio) durante nove anos e, ainda, participações efetivas em diversos conselhos, comissões e diretorias de outras reconhecidas instituições do setor de hospedagem e alimentação fora do lar.

Se posso fazer alguma avaliação dessas experiências, afirmo com toda certeza que tal percurso não se faz sozinho. Ele é necessariamente realizado através de estreita parceria com diretores, staffs, colaboradores de entidades co-irmãs e patrocinadores de causas e projetos em prol de nossa categoria e do turismo nacional. Como gestor da FBHA, que venceu a reeleição, em junho, com unanimidade dos votos, posso afirmar com total convicção que um presidente precisa obrigatoriamente atuar em sintonia com os seus setores, trabalhar junto ao empresariado e avaliar regularmente suas demandas em todo o espectro dos segmentos, dos mais simples aos mais robustos e complexos. Também é de extrema relevância que um presidente e/ou gestor tenha uma atuação sinérgica e efetiva junto aos vários atores do Executivo, Legislativo e Judiciário, em prol de nosso universo setorial.

Sendo assim, causa espécie que supostos líderes de federações similares que, carecendo de um trabalho sério a ser apresentado e que justifique sua perpetuação indefinidamente no poder, ousem ditar regras e fazer afirmações levianas no pressuposto de que são ouvidos e têm credibilidade. Na verdade, aqueles que se encontram voluntariamente sob sua égide não passam de donatários de comandos, que os verdadeiros empresários nem perdem tempo para ouvi-los ou contestá-los, pois estão mais preocupados com seus negócios: em crescer, gerar produtividade, empregos, renda e riqueza para todos.

Lamentamos que parte da hotelaria brasileira e da alimentação fora do lar esteja sob o jugo, limitado é bem verdade às convenções salariais, desses pelegos ditatoriais. Talvez isso explique, em parte , o surgimento de inúmeras entidades associativas ligadas às nossas atividades nos últimos anos pois, além de se debruçar sobre problemas específicos, tais estruturas não identificaram em seus representantes estaduais, canais de acesso para a participação democrática e a renovação de lideranças, que permitissem conviver de maneira real nos encaminhamentos necessários à nossa atuação .

A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), maior representação patronal dos meios de hospedagem e gastronomia no Brasil, jamais estará alinhada a uma Confederação que é reconhecida como um negócio privado, não tendo nenhuma credibilidade pelos reais comerciantes e empreendedores deste país.

Alexandre Sampaio
Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)

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