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Hotelaria e Alimentação

Novos gestores públicos

Ao final do embate político que se arrastou entre o Planalto e a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, finalmente foram nomeados os novos Ministro do Turismo e presidente da Embratur.

Para o cargo de ministro do Turismo acaba de assumir Vinicius Lages, egresso do Sebrae Nacional, com experiência em projetos internacionais e que mantém relacionamento com diversas entidades do setor. Temos certeza de que, apesar do pouco tempo que terá para desempenhar as funções do cargo, é fundamental que o empresariado apoie sua atuação, tendo em vista que os setores de hospedagem e alimentação fora do lar poderão plantar as sementes para uma maior interação com o poder Executivo. Essa iniciativa pode permitir aos setores influenciar, dentro das nossas possibilidades, a indicação de um nome no futuro Ministério, pós-eleição.

Aguardamos com expectativa positiva os movimentos do novo ministro. Como a pasta manteve a mesma equipe e a instituição padece do antigo problema de orçamento pífio, vemos como alternativa até meados deste ano a aprovação de emendas parlamentares. Além da tentativa de implementação dos programas em curso na Secretaria Nacional de Políticas de Turismo.

Na Embratur, Vicente Neto, que ocupa o cargo há cerca de um mês, representa a continuidade da gestão anterior, embora tenha anunciado pesquisas com o objetivo de identificar novos mercados emissores para o Brasil. A dificuldade, no entanto, persiste no parco orçamento e na interinidade do cargo (até outubro), pois o processo sucessório nos remete a mais um ano perdido para a promoção do turismo brasileiro no exterior.

Uma proposta consolidada no trade poderia ser incorporada ao programa dos candidatos a presidente, qual seja a administração conjunta do marketing turístico dos destinos brasileiros. A iniciativa privada colaboraria proporcionalmente para um orçamento participativo junto com as verbas públicas, resultando numa Parceria Público Privada (PPP), com decisões de gestão e investimento em consenso. À exceção dos embasamentos jurídicos e legais para tal formato, a ideia é perfeitamente factível e deve ser defendida pelo setor de turismo junto aos candidatos à Presidência do País.

Quanto ao Congresso Nacional, o desmembramento da antiga Comissão de Turismo e Desporto (CTD) e sua reconfiguração para a atual Comissão de Turismo da Câmara (CTC), apresenta-nos um novo cenário, alvissareiro sem dúvida, na medida em que temos parlamentares voltados unicamente para nosso segmento. Presidida pelo deputado Renato Molling, com quem a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e o trade de turismo já estão se aproximando, a expectativa é de que as audiências públicas, os debates nas sessões ordinárias e os encaminhamentos da CTC possam resultar em projetos de lei (PLs em andamento ou novos) que sejam promulgados ou propostos a favor do setor.

Por ser um ano eleitoral, devemos assumir nossas bandeiras e apresentar nossas reivindicações para buscarmos melhorar o ambiente de negócios de todos os segmentos do turismo nacional.

Alexandre Sampaio
Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)

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