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Hotelaria e Alimentação

O momento do setor de Alimentação fora de Casa

No Brasil, o setor de alimentação fora do lar passa por um momento ímpar, de projeção internacional, reconhecimento culinário e aprimoramento de paladar, fruto da melhor qualificação dos colaboradores e do crescimento do mercado. O patronato conquistou qualidade, inseriu mais segurança alimentar no manuseio de alimentos, deu mais atenção à higiene nas instalações e investiu nos ambientes de serviço. Essa atual situação do setor se deve ainda a uma leva crescente de empreendedores que buscam a independência profissional.

 A indústria de equipamentos para o setor também vem investindo em tecnologia e novidades. A realização em 2015 da versão brasileira do Boucuse d’Or, importante concurso francês de chefs de cozinha, é prova inconteste de como nosso food service está bem conceituado. Colaboram para isso a diversidade de temperos, as regionalidades gastronômicas, a presença no País de chefs do exterior e uma clientela que quer qualidade no atendimento. 

 Então, como explicar a tão grande mortalidade de empresas de alimentação fora de casa? Em parte, isso se dá dentro da margem de volatilidade das pequenas e micro empresas – majoritárias nesta atividade -, que tende a ser mitigada com o aprimoramento da legislação das MPEs. Porém, não explica tudo. Temos uma legislação trabalhista ultrapassada e falta um olhar dos legisladores para as especificidades do setor. Com o pleno emprego ameaçado a tendência é as demissões aumentarem, já que os empresários não poderão suportar uma folha de custos indiretos, que onera o produto final e afasta o consumidor.

Somado a isso, ainda outros fatores estão contribuindo para a derrota das empresas de alimentação fora de casa. Além do PIB decrescente, custos operacionais exorbitantes: taxas de intermediação financeira dos cartões de crédito e débito, aluguéis comerciais altos, legislação fiscal anacrônicado ICMS, aplicação desmedida da substituição tributária e inúmeras exigências de leis municipais e estaduais.

Urgem compromissos dos candidatos à presidência da República e aos executivos estaduais com o empresariado do setor, como a inclusão no Brasil Maior da alimentação fora do lar, em lucro real e presumido, e o regime especial de incidência do ICMS sobre o faturamento bruto.

Alexandre Sampaio é presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA). A instituição é líder sindical patronal dos setores dois setores que representa.

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