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Reflexão

Eu acredito é na rapaziada

Temos no São Paulo Convention & Visitors Bureau, uma rede interna de emails, chamada entrenós, e toda vez que surge um assunto importante na web, um de nós compartilha nesta rede, a mensagem, quer seja do trade ou de assuntos de interesse público e todos ficam em sintonia e quando possivel, debatem o assunto.
Mas a regra é que tem que ser algo de interesse coletivo. Internamente, dispensamos aqueles power point com musiquinha e mensagens aveludadas que são enviadas por pessoas que estão mais sensiveis do que as outras em determinados momentos da vida.
Semana passada eu recebi link do youtube com artistas globais que questionavam a construção da Hidreletrica de Belo Monte. Repassei para nossa comunidade. ( http://www.youtube.com/watch?v=kAAdXrdXSpM&feature=player_embedded).
Na sequencia, uma de nossas colaboradoras, a Janaina, enviou um outro link (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=feG2ipL_pTg) feito por estudantes apresentando sua versão do fato, porém, baseada em estudos consistentes e questionando cada uma das abordagens feitas por artistas que leram um script.
Enfim, polemica vende, e assim a Revista Veja desta semana entrou nesta questão e mostrou como materia de capa, o nocaute entre artistas e estudantes.
Uma lição importante: quando não temos conhecimento suficiente dos fatos, seja ele qual for, não podemos acreditar na primeira versão e sair por aí falando, assinando ou defendendo a questão, sem a consistencia devida.
Tem gente que tem o dom da persuasão, atuação ou interpretação ao contar um história, e faz com que pareça verdade absoluta. Lembre-se: toda historia tem sempre, dois lados.
Mas o que me chamou mais a atenção nesta história, embora extremamente importante para o futuro energético do nosso país, não foi a causa de Belo Monte, mas o efeito do uso das redes sociais.
Confesso que fiquei orgulhoso, em ver estudantes sairem a luta e defenderem uma causa nobre, fruto de muito estudo e pesquisa.
Longe daquela minoria de estudantes infelizes da USP, há em nosso país, estudantes que estão levando a vida e os estudos a sério, e sabem, que só podemos acabar com a mediocridade, se eles assumirem definitivamente seu papel de agente de mudança, sem os rótulos defensivos da geração y, x ou z.
É por isso que gosto de conviver com estudantes, contratar estagiários, dar aula e  palestras em universidades. É um combustível necessário para sairmos da zona de conforto e exercer o papel de dar liberdade e estar com a mente aberta, para poder ser questionado a todo momento.
Aquele tempo que alguns dizem que foi seu tempo, não existe mais. Precisamos sim, aprender a lidar com um novo mundo, onde nós somos os imigrantes e essa juventude, os nativos.
É foi por isso, que lembrei e concordo com o grande Gonzaguinha, em sua letra que diz:
Eu ponho fé é na fé da moçada, que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou à luta com essa juventude, que não corre da raia a troco de nada. Eu vou no bloco dessa mocidade, que não tá na saudade e constrói a  manhã desejada.
Que venham novas manhãs, todos os dias. Porque todos os dias, são novos.

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