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Destinos / Feiras e Eventos

Entidades do Paraná pedem liberação de eventos

Reunião entre Abeoc e Conventions Bureaux do estado

Reunião entre Abeoc e Conventions Bureaux do estado

Desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, os eventos foram paralisados, cancelados ou mesmo adiados, o que afetou a categoria, gerando um efeito cascata em todo o setor. E, desde março, no Paraná, os eventos estão impedidos de acontecer, por conta de decretos do Governo do Estado. Isso vem gerando preocupação para empresários, como apontam as entidades representantes do setor, como a Associação Brasileira de Eventos no Paraná (Abeoc-PR) e os Convention & Visitors Bureaux.

No último dia 7, o Governo do Estado publicou no Diário Oficial um novo decreto proibindo atividades com mais de 25 pessoas até o fim de janeiro. Para Fabio Skraba, presidente da Abeoc PR, a ação vai continuar prejudicando empresas e pessoas. “Com a impossibilidade de realizar congressos técnicos, científicos, feiras técnicas ou de varejo e corporativos pelo atual decreto do Governo do Estado do Paraná, amplia a angústia deste setor e causa um efeito negativo econômico em cadeia nas atividades características do turismo”.

Skraba ainda cita o efeito cascata da paralisação de grandes acontecimentos com impacto em mais de 500 setores, como hotéis, fornecedores de iluminação e som, transportes, bares, restaurantes e outros.

A mesma preocupação divide os Convention & Visitors Bureaux do Paraná, responsáveis por captar e fomentar atividades. Segundo dados das entidades, os prejuízos são enormes e eventos com realização neste ano correm o risco de serem cancelados pelas restrições a grandes acontecimentos impostas pelo Governo do Estado. Somente em Curitiba, cerca 80 eventos foram cancelados no ano passado, somando 488 mil participantes que deixaram de estar na capital, o que gerou um prejuízo de R$ 165 mi ao turismo local.

Em Ponta Grossa, mais de 15 atividades foram canceladas, o que gerou prejuízo de mais de R$ 300 milhões somando todos os grandes eventos com pessoas de diversas partes do Brasil, como a Agroleite e a Feira Paraná.

Pesquisa

De acordo com pesquisa da entidade, feita em maio, a maioria das empresas organizadoras de eventos de Ponta Grossa tiveram prejuízo entre R$30 e R$50 mil com as atividades canceladas ou adiadas entre março e abril, deixando de contratar cerca de 20 fornecedores.

No norte do Paraná, os prejuízos são semelhantes. Segundo o Londrina Convention, em 2019 o setor faturou cerca de R$157 mi com pequenos e médios eventos, gerando cerca de 3.500 empregos diretos e indiretos. Já a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina), soma 8 mil contratos e movimenta mais de R$600 milhões em apenas uma única edição.

Além disso, em uma pesquisa recente promovida pela entidade, há queda na receita das empresas do setor variando entre 70% e 100%. Além disso, a 60ª ExpoLondrina, marcada para abril do ano passado foi adiada para 2021.

Em Cascavel, o cenário também preocupa. Na cidade há cerca de R$300 milhões em prejuízos entre feiras e eventos menores cancelados ou adiados.

Entre os grandes eventos cancelados em 2020 no Paraná estão: ExpoLondrina, Expo Ingá, Smart City, Mercosuper, Agroleite, Congresso de Cardiologia, Feira Paraná, Expofrísia, Expoleite entre outros. Em 2021 já há o adiamento do Show Rural marcado para acontecer entre os dias 22 e 26 de março.

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