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Feiras e Eventos

“Guerra tarifária não é boa para ninguém”

Edmar Bull, Lucimar Reis e Ian Gillespie

Edmar Bull, Lucimar Reis e Ian Gillespie


A terceira Conferência GBTA no Brasil teve início há pouco com um debate sobre o futuro da aviação. Mediado pelo presidente da Abracorp, Edmar Bull, o painel teve ainda a participação de Ian Gillespie, diretor da divisão internacional da Avianca; e Lucimar Reis, diretora para o Brasil da United Airlines. O investimento na qualidade dos produtos e em tecnologia, além da grande perspectiva de crescimento nos próximos anos foram os temas discutidos. Entre as perguntas da mediação, o maior destaque foi sobre a guerra tarifária.

“A guerra tarifária pode ser boa para o passageiro, mas por enquanto. Já vemos companhias retirando voos e diminuindo oferta. O melhor seria ter uma tarifa justa para todos, esta guerra não é boa para ninguém”, disse Gillespie. “O crescimento tem que ser sustentável. Uma guerra sem controle cria uma cultura ruim. As nossas tarifas promocionais são para aqueles que não iriam viajar naquela data e normalmente não atendem o mercado corporativo. Se isso não for administrado de forma responsável, começamos a ter um resultado maléfico”, completou Lucimar.

Os executivos acreditam que os preços vivem uma situação de acomodação. Gillespie acredita que as tarifas não devem voltar ao patamar de um ano atrás. “Vai demorar um pouco, mas as tarifas irão se acomodar. Esperamos que de uma maneira sustentável”, afirmou. “Já vimos um ajuste de oferta. Mas também vemos que as tarifas começaram a se ajustar para o futuro. Acreditamos que teremos um nível mediando dos preços”, acrescentou Lucimar.

Edmar Bull perguntou aos executivos qual é o futuro que vislumbram para a aviação, no Brasil e no mundo, para os próximos cinco anos. Para Lucimar, há uma tendência de mudanças, especialmente com o crescimento do mercado asiático, que deve ultrapassar os Estados Unidos nos próximos anos. O Brasil, deve passar do décimo maior do mundo para o quinto. “Por isso cias tem investido cada vez mais em voos com menos escalas, mais conforto e maior economia. O passageiro conhece mais e por isso exige mais”, ressaltou.

O relacionamento com as TMCs também esteve na pauta do painel. Gillespie destacou que para as companhias aéreas é impossível atender o passageiro corporativo de maneira profissional e dedicada – como fazem as agências. “As TMCs são nossas parceiras e temos que trabalhar juntos para atender o cliente da melhor maneira possível”, afirmou. “O papel da TMC é extremamente importante. Não temos como identificar toda a necessidade do cliente e saber qual produto que melhor se encaixa. Isso as agências fazem muito bem”, finalizou.

Fotos: Eric Ribeiro

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