“O design regenerativo é mais do que uma ideia ou conceito de produto; é uma prática que busca nutrir a relação do ser humano com a natureza e consigo mesmo. Hoje, vamos explorar como a transição individual pode criar impacto coletivo e como o turismo pode ser um agente dessa mudança.”
Esta foi a tônica da palestra “Turismo Regenerativo: desenhando uma cultura de colaboração e evolução”, ministrada na última semana pela presidente do Instituto Aupaba, Luciana De Lamare, no Festuris, em Gramado (RS).
Segundo ela, é essencial que ocorra uma transição entre a lógica de promoção da Economia Turística, para o desenvolvimento territorial em suas dimensões sociais, ambientais e de governança.
“Hoje, acredito que todos nós podemos impactar o coletivo, independente da função que desempenhamos. O turismo regenerativo nos convida a olhar para além do eu, conectando-se profundamente com o coletivo e o território como um ecossistema vivo”, destacou.
Para Luciana, a contribuição de cada indivíduo começa no entendimento de que a regeneração depende da forma como colaboramos com o ecossistema ao nosso redor e de nossa capacidade de agir localmente com impacto de longo prazo. “Para realmente regenerarmos, precisamos cultivar essa transformação de dentro para fora, evoluindo nossas próprias qualidades e reconhecendo as idiossincrasias que nos fazem únicos e necessários ao processo”.
A presidente também chamou a atenção para cadeias produtivas que o turismo tradicionalmente invisibiliza. “Reconhecê-las e valorizá-las é vital para o turismo regenerativo, pois eleva a autoestima, a inclusão e fomenta um impacto positivo que ultrapassa o ESG”.
Para encerrar, citou Daniel Christian Wahl: “nosso papel não é dar respostas, mas sim fazer perguntas que inspirem reflexões e diálogos profundos”, concluindo que ao conhecermos melhor nossa cultura e quem somos, encontramos potencialidades locais para abraçar, com o mínimo impacto e máxima visão de longo prazo.”
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