
MIAMI – O Miami International Airport (MIA) passa por um dos maiores programas de expansão de sua história, com investimentos de US$ 9 bilhões em infraestrutura e tecnologia, projetando atender mais de 70 milhões de passageiros até 2040. Em entrevista ao M&E durante o WTE Miami 2025, Emir Pineda, Trade & Logistics Manager da divisão de marketing do aeroporto, detalhou os planos e reforçou que o Brasil é o mercado mais importante da América do Sul para Miami.
“Temos um programa de capital que inclui a construção do novo Concourse K, inicialmente com seis portões domésticos, que depois se dividirão entre operações domésticas e internacionais. Também vamos expandir a parte central do terminal, modernizar concessões, inaugurar um estacionamento com 4 mil vagas ainda este ano e iniciar a construção de um novo hotel Westin em 2026”, explicou Pineda.
Segundo ele, a estratégia inclui também melhorias tecnológicas, como ampliação do uso de reconhecimento facial, Wi-Fi mais rápido e experiências digitais mais interativas.
O Brasil aparece no centro dos planos de conectividade. “É nosso mercado mais importante na América do Sul. Estamos trabalhando com American Airlines, Latam, Gol e Azul para ampliar os voos. Já conseguimos a rota para Belém e estamos negociando conexões para Curitiba, Fortaleza, Belo Horizonte, além de reforçar São Paulo e Rio, que têm potencial para mais frequências do que hoje”, afirmou.
Além do turismo, o executivo destacou a relevância da carga aérea. “Queremos transformar Miami em um hub de e-commerce para o Brasil, aproveitando a malha aérea para agilizar entregas expressas de empresas como Amazon e Mercado Livre. A ideia é consolidar cargas da China e dos EUA em Miami e garantir serviços rápidos para o mercado brasileiro”, explicou.
Pineda também mencionou planos globais que envolvem o Brasil de forma indireta. “Estamos negociando com a Japan Airlines uma rota direta para Miami. Isso nos ajudaria a conectar comunidades brasileiras e peruanas de descendência japonesa com o Japão, além de reforçar nossa rede entre América Latina e Ásia”, disse.
Sobre a presença brasileira no WTE Miami, que este ano contou com dois destinos (Bahia e Ceará), além das aéreas Latam e Gol, Pineda foi enfático: “É fundamental que estados e companhias aéreas mostrem seus atrativos. O Brasil é enorme e diverso, e feiras como esta ajudam compradores e viajantes a conhecer destinos além do eixo Rio-São Paulo. Este ano tivemos mais visitantes e mais expositores, o que mostra o sucesso do evento”, finalizou.
O M&E viaja com apoio da Shift Mobilidade Corporativa e proteção GTA