
A partir de 1º de outubro, os Estados Unidos passarão a cobrar uma nova taxa de US$ 250 sobre vistos de não imigrantes, incluindo categorias de negócios. A medida, batizada de Visa Integrity Fee, deve elevar o custo total do processo para cerca de US$ 442 por pessoa, segundo o Departamento de Estado norte-americano.
Organizadores de grandes eventos temem queda na participação internacional. A Water Environment Federation (WEF), que realiza a WEFTEC em Chicago, espera redução no número de expositores estrangeiros, perda de pavilhões internacionais e menos visitantes vindos do Canadá, por exemplo.
“Sempre foi difícil atrair participantes internacionais para feiras nos EUA, e essa nova taxa vai tornar tudo ainda pior”, afirmou Raymond Bianchi, diretor da entidade.
O impacto deve ser maior entre profissionais de cargos médios, para os quais a despesa adicional se torna proibitiva. Vincent Polito, CEO da Society of Independent Show Organizers (SISO), prevê que empresas enviarão delegações menores aos eventos.
Enquanto isso, concorrentes internacionais aproveitam a oportunidade. “Temos uma feira na Alemanha dizendo aos expositores: aqui o visto é fácil, sem problema”, disse Bianchi.
O setor articula pressão contra a taxa, mas associações reconhecem a dificuldade de reverter a medida nesta gestão. Algumas organizações avaliam oferecer descontos na inscrição para compensar o custo adicional do visto.
Mesmo diante das barreiras, grandes players como a Consumer Technology Association (CTA), responsável pelo CES, seguem investindo em apoio aos participantes estrangeiros com orientações sobre o processo de visto. Já a IMEX, que organiza eventos em Frankfurt e Las Vegas, afirma não ter sentido impacto até agora.
Para a Exhibitions & Conferences Alliance (ECA), a nova taxa e o fim de isenções de entrevista “prejudicam a competitividade dos EUA como destino global de negócios”.
Com informações do Skift.