Durante a 20ª edição do Esfe, realizada nesta terça-feira (17) em São Paulo, Romano Pansera, presidente da RPWorks, destacou tendências que devem impactar o setor de eventos e turismo em 2025. Em sua palestra, ele abordou a importância da personalização das experiências, o uso da tecnologia para aprimorar interações e a crescente demanda por sustentabilidade e inclusão.
Pansera ressaltou que os consumidores estão cada vez mais exigentes e esperam eventos e produtos turísticos adaptados aos seus interesses. “Todo mundo fala que o CRM tá super personalizado, mas, por exemplo, eu, que sou cliente de um banco aqui em São Paulo, ainda recebo ofertas de empréstimo, mesmo sabendo que eu pago meu cartão à vista. É um pouco frustrante, né?”, comentou, sugerindo que a curadoria de conteúdo e a oferta de pacotes turísticos devem seguir esse princípio de personalização.
A tecnologia também foi apontada como aliada na criação de experiências mais integradas. Segundo ele, a fluidez entre o físico e o digital já é uma realidade e pode ser ampliada com aplicativos interativos e experiências imersivas. “Para nós, no mercado de eventos, isso poderia ser, por exemplo, um app que interaja com os participantes ou até experiências imersivas”, exemplificou.
O ESG (ambiental, social e governança) apareceu como outro tema essencial. “A sustentabilidade tá em alta e as pessoas estão exigindo mais disso nos eventos”, afirmou Pansera, destacando que práticas responsáveis já são um fator decisivo para o público.
Além disso, a inclusão foi apontada como um desafio no Brasil. Ele citou a NRF, em Nova York, como referência de diversidade. “Vi uma galera super diversa, incluindo pessoas mais velhas e com necessidades especiais, e tudo fluía de forma incrível. Isso é algo que temos que melhorar aqui no Brasil”, disse.
Por fim, Pansera reforçou o potencial do país para se destacar nessas tendências. “O Brasil tem muito potencial pra ser um líder nessas tendências, tanto em eventos quanto no entretenimento e turismo”, concluiu.
