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Resorts Brasil: saída para os empreendimentos não fecharem as portas são os eventos

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Editorial Mercado & Eventos

Publicado - 17/02/2011 - 10:39

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Não tem jeito. Os resorts brasileiros estão em crise e a única saída para manutenção dos empreendimentos é a realização de eventos. A avaliação é do presidente da Resorts Brasil; Rubens Régis. Durante sua participação na BIT; em Milão; ele conversou com o M&E sobre sua posição (que vem causando um pouco de polêmica) a respeito da situação atual desse segmento.

“Os resorts que vivem do turismo de lazer estão realmente mal. A queda do dólar e o alto custo do Brasil são fatores muito fortes nesse momento. Redes como Sofitel; Marriott; Atlântica; entre outras; já venderam seus resorts. Só está se salvando quem aposta na realização de eventos; caso do Costão do Santinho e do Ibero; por exemplo”; justificou.

Rubens Régis apresentou números que comprovam sua avaliação. Um estudo da Accor mostra que um resort para dar lucro precisa ter uma taxa de ocupação média de 55%. Em 2010; essa taxa média no Brasil foi de 49%. “Os brasileiros estão optando em viajar para o exterior”; explica.

E como seria possível baixar os custos para atrair o mercado doméstico? “Isso não é fácil. A receita dos resorts funciona da seguinte maneira: 1/3 é a folha de pagamento; 1/3 são as tarifas controladas e os outros 1/3 o restante. Ou você corta em serviços ou corta na gastronomia. Existem alguns resorts fazendo isso”.

Apesar do trágico cenário atual; o futuro pode ser melhor. “A médio e longo prazo devemos ter uma mudança. Existem novos consumidores entrando no mercado e com desejos diferentes. Uma pesquisa recente revelou que o principal desejo desse novo consumidor deixou de ser Porto Seguro e passou a ser o cruzeiro marítimo. É possível inserir os resorts nesse contexto”; espera Rubens.

Ele cita a situação da cidade de São Paulo. “Há 10 anos São Paulo passava por uma crise. Hoje a situação e totalmente diferente. Se nossa economia se mantiver forte; com o mercado crescendo e consumindo; os resorts podem se tornar o sonho desses novos consumidores”; estima.

Resorts Brasil – O mandato de Rubens Régis a frente da entidade termina nesse ano de 2011. De acordo com ele; é hora de pensar numa chapa de substituição. “Gostaria que o Antônio Dias; do Royal; entrasse em meu lugar; mas isso não vai ser possível. Posso até emendar mais um mandato; mas defendo que toda a instituição precisa de renovação; de novas idéias; outros pensamentos”; conclui.

Rubens Régis