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Feiras e Eventos / Política

Turismo Rodoviário enviará documento com pleitos do segmento ao MTur

Turismo rodoviário

Turismo rodoviário criam documento técnico com demandas para entregar ao governo

FOZ DO IGUAÇU – O turismo rodoviário transporta mais de 40 milhões de passageiros por ano no Brasil. Ainda assim, é uma atividade que vem perdendo espaço no cenário turístico devido aos muitos entraves sofridos, em especial pelos transportadores. Para tentar destravar o segmento, um grupo de secretários de turismo dos estados do Sul, o Beto Carrero, a Associação das Empresas de Transporte Turístico e Fretamento de Santa Catarina (AETTUSC) e a CVC se uniram para formatar um documento com as demandas do setor para entregar ao Governo – representado na reunião por Aluizer Malab, do Ministério do Turismo.

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O objetivo da reunião foi debater os principais entraves do turismo rodoviário, como legislação, segurança e até higienização, temas abordados pelas autoridades. Para Nilton Silva Pacheco, diretor da AETTUSC, este é o momento ideal para debate, já que o governo está promovendo um “revogaço” de diversas normas com intenção de simplificar a legislação. “A ANTT já melhorou em 35% sua legislação, mas ainda está muito engessada. Há muitas licenças especiais, e trâmites que fazem o turismo rodoviário perder vantagens para empresas concessionárias. O governo criou muitas barreiras e está na hora de revê-las”, disse.

Para Gilmar Piolla, secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, a partir deste debate será feito um documento técnico bem fundamentado que será entregue ao Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ainda durante a realização do Festival das Cataratas. Uma proposta de trabalho também será ventilada com o governo para as mudanças necessárias na legislação do turismo rodoviário.

Todo esse movimento surgiu de uma proposta da CVC, que criou o Rodo Charter, bloqueios de assentos rodoviários; e um caderno de circuitos brasileiros, nos moldes dos europeus. Para Claiton Armelin, diretor executivo de Produtos Terrestres Nacional CVC Corp, o turismo rodoviário diminuiu pela dificuldade da operação, além da concorrência com o aéreo. “Mas ao mesmo tempo, este é um bom momento para uma retomada já que a ausência da Avianca no mercado fez com que os bilhetes aéreos tivessem uma alta expressiva. Por exemplo, a passagem entre São Paulo e Foz do Iguaçu teve aumento de 43%”, disse.

Rogério Siqueira, CEO do Beto Carrero, sugere que o Brasil passe a adotar uma espécie de cabotagem rodoviária, onde o passageiro possa parar nos destinos intermediários sem que o transportador seja punido por isso, como se fosse um stopover. Outra reivindicação do setor lembrada pelo executivo é o problema, em especial em Foz do Iguaçu, das compras. “Quando um passageiro tem um produto ilegal, o ônibus é apreendido e não só o produto e o passageiro. Isso causa muitos prejuízos às empresas. Isso não acontece na aviação”, comentou.

Ao final da reunião, o sentimento foi unânime sobre a necessidade da flexibilização das leis do turismo rodoviário, além da necessidade de se criar opções de produtos e serviços que supram a falta de conexão dentro do País. “Lembrando que o Brasil é um País continental e totalmente rodoviário. Nem todas as cidades são atendidas pelo aéreo e o rodoviário se faz necessário para o complemento da viagem. Por isso, nossa união para melhorar o ambiente para o turismo rodoviário”, encerrou Siqueira.

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