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Espanha retira mais de 53 mil imóveis de aluguel por temporada para conter turismo de massa

Barcelona, Espanha (Ana Azevedo:2023)
Em 2024, quase 100 milhões de turistas passaram pelo país (Ana Azevedo/M&E)

A Espanha determinou que 53.876 imóveis deixem de ser usados para aluguel por temporada, anunciou no domingo (14) o primeiro-ministro Pedro Sánchez durante evento em Málaga. Segundo o Ministério da Habitação, os imóveis não estavam regularizados e deverão ser destinados ao aluguel permanente, com foco em famílias e jovens.

A medida atinge principalmente regiões do sul do país, como Andaluzia, Ilhas Canárias, Catalunha e Comunidade Valenciana, onde a pressão do turismo de massa é maior. Só a Andaluzia concentra 16.740 unidades retiradas do mercado de temporada, seguida pelas Ilhas Canárias (8.698), Catalunha (7.729) e Comunidade Valenciana (7.499).

Entre as cidades mais afetadas estão Sevilha (2.289 imóveis), Marbella (1.802), Barcelona (1.564), Málaga (1.471), Madri (1.257) e Benalmádena (926). Segundo Sánchez, o objetivo é direcionar imóveis irregulares para o mercado de longa duração. “Detectamos milhares de irregularidades em muitas destas casas que se destinam ao arrendamento para férias e turismo. E o que vamos fazer é retirar 53 mil casas deste registo para que se tornem aluguéis permanentes para os jovens e as famílias do nosso país”, afirmou.

O Airbnb reagiu ao anúncio afirmando que colabora com a regularização dos imóveis desde julho. A empresa disse que cerca de 70 mil unidades anunciadas já contam com registro oficial e que apenas 10% dos imóveis atingidos pela medida estavam ativos na plataforma, tendo sido retirados após a decisão.

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