
SÃO PAULO – Durante um almoço pré-GBTA realizado nesta quinta-feira (17), em São Paulo, Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev, reuniu parte dos 50 participantes da delegação brasileira que embarcará na próxima semana para a GBTA Convention 2025, em Denver (EUA). O encontro reforçou a importância da presença brasileira no maior evento global de viagens corporativas e discutiu os objetivos e expectativas da missão.
Confira fotos abaixo
Apesar das dificuldades cambiais e dos desafios econômicos atuais, a Alagev mantém o número expressivo de 50 integrantes na delegação. “Tínhamos a expectativa de crescer esse número, mas o impacto do dólar limitou um pouco. Ainda assim, é uma marca significativa. Nossa presença é importante para mostrar que o Brasil está atento às tendências e pronto para evoluir junto com o mercado global”, afirmou Luana.
A programação da GBTA 2025 contará com 16 trilhas educacionais distribuídas em 97 sessões. Para Luana, o conteúdo educacional é o coração do evento. “Essas sessões nos permitem avaliar se estamos alinhados com as melhores práticas globais. Vamos entender onde o Brasil avançou, onde precisamos melhorar e, principalmente, o que podemos ensinar ao mundo”, revelou.
Ela destacou que, embora o Brasil represente de 5% a 7% do volume global do setor, é o maior mercado da América Latina e tem potencial de expansão. “Temos limitações, como alta carga tributária e instabilidade econômica, mas também temos criatividade e resiliência. Somos um mercado descentralizado, com conteúdo fora do GDS e soluções tecnológicas próprias. Esse modelo, que surgiu da necessidade, hoje é um case de inovação”, explicou.
Unidade e governança como pilares de crescimento
Durante a conversa, Luana enfatizou a importância da união do setor para enfrentar os desafios e crescer de forma sustentável. “Somos grandes em volume, mas pequenos em número de players. A fragmentação enfraquece. Precisamos de mais cooperação, mais governança e transparência. Isso nos permitirá competir de forma mais saudável e chegar a patamares superiores”, afirmou Luana.

Ela também chamou atenção para o papel das pequenas e médias empresas, que sustentam boa parte da cadeia com capital próprio, e destacou a necessidade de maior investimento e apoio estruturado.
Disseminação de conteúdo e legado para o Brasil
Questionada sobre como o conteúdo será trazido de volta ao mercado brasileiro, Luana adiantou que a Alagev lançará uma revista digital com os principais aprendizados do evento. “Vamos decupar todo o conteúdo da GBTA, com nosso termômetro: estamos quentes, frios, no caminho certo? Além disso, faremos um evento pós-GBTA para os gestores que não puderam ir, compartilhando os aprendizados e promovendo a atualização do setor como um todo”, disse Nogueira.
Segundo ela, além das sessões oficiais, o verdadeiro valor está também nos bastidores e nas entrelinhas. “Muitos insights surgem das falas espontâneas dos palestrantes, nas trocas fora do palco. É esse conhecimento prático e contextualizado que queremos trazer para cá”.
Conselhos aos estreantes
Para os participantes que estarão na GBTA pela primeira vez, a diretora deixou algumas dicas valiosas: “Planejem bem sua agenda de sessões. São muitas opções e algumas lotam rápido. Vá com antecedência, conecte-se com novos players na feira de negócios e siga uma linha de raciocínio que permita criar uma narrativa coerente com seus objetivos”.
A delegação brasileira embarca nos próximos dias com o objetivo claro de absorver conhecimento, fomentar conexões e fortalecer o protagonismo do Brasil no cenário global de viagens corporativas. Como definiu Luana, “é hora de aprender, compartilhar e crescer juntos”, finalizou.