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Destinos / Política / Vídeos

Para Arialdo Pinho, na retomada viajantes vão priorizar destinos de natureza

A retomada não será imediata, mas acontecerá. Esta é a visão do secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho. Para ele, há ainda um longo caminho, que envolve o controle da disseminação do novo coronavírus e a volta da confiança – o que ele estima cerca de 90 dias para começar a acontecer. Para justificar, Arialdo lembrou que a Ásia, local onde o surto de Covid-19 teve início, em janeiro, já está com uma alta demanda por viagens.

“As passagens mais caras são pra a Ásia, porque lá a demanda está muito alta. Isso acontece porque lá eles estão livres do vírus. Há um número muito baixo de novos infectados, que é algo que teremos conviver até termos uma vacina”, contou.

Sobre a retomada por aqui ele fala que antes de qualquer coisa é preciso controlar o vírus para que o próprio viajante tenha confiança no destino. “Primeiro temos que vencer o vírus. O Turismo só acontece em destinos que estejam livres dele e será assim no mundo inteiro”, alertou. Ele lembrou que estados como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e o próprio Ceará são grandes centros de conexões, por isso estão hoje sofrendo mais. Mas ao mesmo tempo, podem também ser os primeiros a sair da crise.

Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará

Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará

Arialdo falou também sobre os novos hábitos dos turistas. Para ele, passado este primeiro momento da pandemia, o mundo irá conviver com novos protocolos, mas as pessoas voltarão a viajar e irão procurar por destinos de natureza. “A procura pela natureza será fundamental para o futuro do turismo no mundo, isso não só no Brasil. Haverá uma mudança no modo de viajar”, destacou.” A experiência de ver lugar em que as pessoas se sintam livres será essencial. Lembro que 65% da população mundial vive em centros urbanos e estas cidades são muito parecidas. Já a natureza não. É totalmente diferente. Temos destinos totalmente distintos”, complementou.

Nordeste

Questionado se isso irá favorecer, em especial a região Nordeste, o secretário afirmou que sim e em especial aqueles estados que têm a maior diversidade de praias. “Para ser sincero, acredito que Bahia e Ceará têm uma certa vantagem. Temos mais pontos turísticos relacionados ao mar. A Bahia tem uma costa muito grande. E aqui no Ceará temos uma grande diversidade, tanto no litoral leste como no oeste e muitos lugares totalmente inexplorados”, ressaltou.

Mudanças

O secretário de Turismo do Ceará acredita que o setor como um todo e, sobretudo, a hotelaria, passará por grandes mudanças. Ele revelou que o estado está ainda desenvolvendo uma série de novos protocolos para todos os setores da economia, mas deu a sua opinião do que deve acontecer com os hotéis.

“Acredito que aquilo que conhecemos do café da manhã em bufê não vai mais existir com as pessoas falando próximas a comida. Por um longo tempo, teremos isso servido de maneira fechada em caixas ou com outro tipo de serviço”, afirmou. “A configuração interna, como espaçamento de mesas também deve mudar. A quantidade de pessoas permitidas nos lugares também deve mudar”, complementou.

O Ceará teve no ano passado cerca de 500 mil estrangeiros, o que é cerca de 10% do total recebido no País. Estávamos em um crescimento muito forte e vamos trabalhar para voltar a este cenário.

Promoção

Embora ressalte que o Ministério do Turismo tenha que estar atento para empreender uma grande campanha de estímulo ao turista, Pinho reitera que quando o Ceará estiver pronto novamente para receber visitantes, o estado voltará a investir em promoção. Primeiro para o doméstico e, em seguida, o internacional. “Assim que tivermos conscientes de que estamos prontos para receber turistas, vamos voltar a trabalhar no nacional. E em um segundo momento com o internacional desde que os céus sejam abertos para a volta dos voos”, garantiu.

Sobre o trabalho de captação de voos que fez do estado uma das principais portas de entradas do País, Arialdo acredita que não será necessário ter este trabalho reiniciado. Para ele, neste início, o número de frequências poderá até ser menor, mas os destinos continuarão sendo ligados, como Paris, Amsterdã e Lisboa, por exemplo.

“Tínhamos 45 voos internacionais por semana o que é muita coisa para uma cidade do Nordeste. O Ceará teve no ano passado cerca de 500 mil estrangeiros, o que é cerca de 10% do total recebido no País. Estávamos em um crescimento muito forte e vamos trabalhar para voltar a este cenário”, finalizou.

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