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Agências e Operadoras

Conheça o trabalho das agências finalistas do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade

Arthur Silva, da Vivejar, Eusilene Matos e Joaquim Magno, da Roraima Adventures, e Alan Moraes, da Novaventura

Arthur Silva, da Vivejar, Eusilene Matos e Joaquim Magno, da Roraima Adventures, e Alan Moraes, da Novaventura

ILHABELA – Quando o conceito de sustentabilidade começou a fazer parte da pauta do Turismo, o foco estava na preservação do meio ambiente e na conservação dos destinos turísticos. Atualmente, porém, o debate ganhou um sentido mais amplo e passa a considerar sustentável não só as práticas de preservação, como também as de transformação social e o impacto econômico.

Esta sintonia e equilíbrio entre a sociedade local e os turistas foi justamente o que norteou a escolha dos finalistas do 7º Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, que conhecerá seus vencedores na noite desta sexta-feira (26). Tão interessante quanto esta transformação do conceito é a sua disseminação.

As três empresas finalistas da categoria Agência de Viagens representam três diferentes estados, duas delas em pontos turísticos que ganharam grande notoriedade por serem cenários de novelas. Um destes destinos é o Jalapão, principal atrativo turístico do estado do Tocantins, caracterizado por uma beleza natural incrível que une o verde e as águas. O destino, porém, passou a sofrer com excesso de turistas após ser cenário da novela “Outro Lado do Paraíso”.

Em meio a este cenário, a agência Novaventura se destacou em uma união com outras duas agências parceiras para expandir e dividir o público por outras localidades dentro do destino. Mas o ponto principal nesta estratégia e a inclusão das comunidades locais. A agência monta passeios de cinco ou sete dias, passando por diversas comunidades e movimentando a economia local com produtos e serviços.

“Toda a produção dos povos da região estão inseridas no roteiro, a maioria quilombolas. Beneficiamos diretamente 60 famílias”, destaca Alan Moraes, da agência Novaventura. A empresa, que tem apenas dez anos, realiza trajetos de trilhas pela região há três anos e hoje é considerado um de seus principais produtos, ao lado da rafting.

MONTE RORAIMA

A novela Império, da Rede Globo, abordou o misticismo do Monte Roraima, principal atração do estado de mesmo nome. Assim como todo destino que vira midiático, o monte também passou a sofrer os impactos do turismo desenfreado. Com isso a atuação de uma agência passou a transformar a maneira de se ver o turismo na região. A Roraima Adventures passou a promover trabalhos de limpeza e conscientização dos turistas, movimento que estimulou outros agentes turísticos da região a agir da mesma forma.

“Contamos com um briefing de duas horas antes da saída dos grupos, conscientizando sobre a importância do cuidado e do respeito aos povos locais. Depois deste trabalho de preservação outras agências e guias começaram a se juntar a nós nesse trabalho”, Joaquim Magno de Souza, da Roraima Adventures.

Além da preocupação ambiental, a preocupação da agência também também está na comunidade indígena pela qual passa o seus trajetos. Os indígenas realizam trabalho de guias e carregadores e contam com toda a assistência da agência nestas atividades.

PREVENÇÃO

Se os primeiros dois projetos surgiram no sentido de remediar o impacto do turismo nos destino, a agência Vivejar, de São Paulo, ganha destaque por ser um case de prevenção, que talvez seja o mais completo em aderir a sustentabilidade nos campos econômicos, social e ambiental. A fórmula da agência consiste em definir um destino e iniciar um processo de consultoria e treinamento para a sociedade local a fim de criar um produto equilibrado desde o princípio.

“Desenvolvemos nossos roteiros com participação ativa da comunidade que opina e decide diversos pontos. O processo começa com esta consulta, para identificar necessidades. Depois realizamos o treinamento, para que eles possam tanto receber bem o turista, como ter rentabilidade. Este processo de desenvolvimento demora de dois a três anos”, explica Arthur Silva, da Vivejar.

Independentemente do vencedor, as boas práticas estão disseminadas, seja no objetivo de remediar situações de excesso de turistas nos destinos, seja para práticas de prevenção na criação de roteiros inteiramente sustentáveis.

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