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Jerome Cadier, CEO da Latam, falou sobre a possibilidade de fusão entre a Gol e Azul ( Pedro Menezes/M&E)
SÃO PAULO – Jerome Cadier, CEO da Latam, falou sobre a recente intenção de fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul, durante a convenção da CVC, nesta sexta-feira (14). Ele expressou preocupações sobre a concentração do mercado e os impactos na concorrência.
“Até agora, é só a intenção de combinar os negócios, qualquer um pode desistir a qualquer momento. É importante saber a natureza e como o negócio será implementado”, afirmou Cadier. “Nunca houve uma fusão deste tamanho, e a autoridade está preocupada com a concorrência. Não dá para olhar e ver que 15% são da Latam e 80% da concorrência dessa fusão.”
Cadier destacou a necessidade de entender as medidas que poderão ser propostas durante o processo e ressaltou que é muito cedo para fazer uma avaliação definitiva. “Com a seriedade do Cade, tenho certeza de que será uma avaliação bem detalhada. Faz sentido, mas faz sentido para quem?”, questionou.
Planos para 2025
Jerome também abordou os desafios enfrentados pela companhia aérea, destacando as limitações do mercado internacional. “Hoje, a limitante do mercado internacional são os aviões, que são equipamentos mais caros e estão demorando para chegar”, disse.
Ele também ressaltou a importância das parcerias estratégicas, como a com a Delta, para otimizar a distribuição de voos tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, ampliando a conectividade entre as duas regiões. “A parceria com a Delta tem sido crucial para distribuir melhor os voos, conectando de forma mais eficiente os dois mercados”, explicou.
Sobre a participação da Latam no mercado, Cadier compartilhou os números de sua atuação no Brasil e no mercado internacional. “A Latam tem 38% a 39% do mercado doméstico e, no internacional, estamos com 24% a 25%. Um entre quatro passageiros está voando Latam. Essa é a relevância que temos no mercado brasileiro e no internacional”, afirmou.
Parceria com CVC
Além disso, o CEO falou sobre a relevância da parceria com o Grupo CVC, destacando o modelo de integração entre o físico e o digital como um diferencial competitivo. “Uma das razões principais que apostamos na parceria com o Grupo CVC é porque é um grupo. A chance que temos de navegar no mercado é porque também somos um grupo”, afirmou Cadier, elogiando o trabalho conjunto. “O Godinho foi o primeiro que chegou e me mostrou o que é a combinação do físico com o digital. Vocês estão fazendo isso muito bem. É uma força que nem só o físico tem, nem só o digital”, completou.
