O presidente da Abav Nacional; Carlos Alberto Amorim Ferreira; reagiu de forma positiva à atitude das autoridades reguladoras da União Europeia em multar; em US$ 1;1 bilhão; 11 empresas aéreas por cobrar de forma coordenada tarifas de combustível e de segurança. Segundo ele; a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deveria seguir o exemplo e zelar pelo desempenho e eficiência dos serviços aéreos prestados; defendendo o consumidor.
“No Brasil; são recorrentes as condutas conjuntas das companhias aéreas que prejudicam o consumidor. Alguém já viu; por exemplo; uma companhia aérea informar o número de assentos disponíveis quando anunciam a venda de passagens a preços irrisórios? Isso é propaganda enganosa. O mesmo problema se repete para quem quer emitir passagens através de milhagem. A Anac não se posiciona e quem está sendo prejudicado é o consumidor”; enfatiza Kaká.
O presidente da Abav alerta ainda para a falta de compromisso das empresas aéreas que diminuem significativamente o valor dos bilhetes para lotar os voos e fazer caixa; mas; inúmeras vezes; não conseguem atender a demanda; provocando cancelamentos de voos e deixando os passageiros no chão: “Já assistimos a este filme algumas vezes; quando a companhia aérea alega um aumento súbito de passageiros e falta de tripulação para operar os voos; gerando cancelamentos. A própria instalação de juizados especiais nos aeroportos é um reconhecimento de que os passageiros não estavam sendo atendidos; além de ser uma medida inócua; uma vez que nada é resolvido. Não por acaso sete dos dez juizados criados foram fechados. O que os passageiros querem é; simplesmente; usufruir do produto comprado e decolar no dia e horário previsto”.
Kaká lembra ainda que a diferença no preço final das tarifas nos diversos canais de venda também causa danos aos consumidores.
“Mais de 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe média brasileira nos últimos anos e estes viajantes de primeira viagem precisam da orientação de um agente de viagens. Porém; para ter esse suporte; o cliente irá pagar mais caro. Estamos falando de um serviço que é concessão do Governo que; por sua vez; deveria garantir o acesso do consumidor à tarifas de forma igualitária; seja qual for o canal de venda”; finalizou.