EUA: Na visão dos agentes, apesar da demora do visto, vendas estão aquecidas

SÃO PAULO – Como estão as vendas para os Estados Unidos neste momento de retomada? Esta é a pergunta que o M&E fez aos agentes de viagens que participaram do Visit USA, nessa quarta-feira (24), o evento oficial do Turismo norte-americano. Apesar da questão do visto, que ainda tem atrapalhado muita gente, assim como o preço do bilhete aéreo, as vendas, no geral, estão aquecidas. É o caso de Orlando, na Flórida, e Nova York, que seguem como as queridinhas dos brasileiros neste pós-pandemia.

Mariela Neves, da Orlandando Travel

“A procura voltou bem intensa, mas a conclusão das vendas ainda está baixa. As pessoas estão assustadas com a questão da alta do dólar, uma das coisas que tem dificultado bastante é a demora dos vistos. Este é um ponto que temos que abordar com o Consulado dos EUA, porque há uma longa espera. As pessoas começam a planejar viagem somente após a obtenção do visto, o que é uma recomendação do consulado e também de nós. Mas a procura voltou, isto é bacana, as pessoas estão entusiasmadas com as viagens, logo esperamos bons resultados em breve”, disse Mariela Neves, do Orlandando Travel. 

Alexandre Camara, da Asc-me Consultoria

“As vendas vêm crescendo, principalmente no mercado do Rio de Janeiro, com as novas frequências internacionais de volta. A American vai voltar a operar Rio-Nova York, que é importantíssimo, a United também está com uma ótima frequência e também a volta de Rio-Atlanta da Delta. Isso faz com que, aos poucos, as vendas sejam retomadas, com destaque para Orlando, como sempre, e agora Nova York, no último mês, teve um ‘boom’, aumentando o fluxo para os EUA”, disse Alexandre Câmara, Asc-me Consultoria.

Ana Paula Almeida, da Castle Tour

“A retomada está excelente, bem acima do esperado, principalmente para a gente que é especialista em Disney, que vende muito Estados Unidos, também trabalhamos com assessoria de visto, logo estamos num momento muito positivo. E com relação a questão do visto, estamos nos programando, logo não está atrapalhando. Damos sempre a assessoria antes, durante e depois de uma viagem. Apesar da demora do visto, estamos captando muitos clientes”, disse Ana Paula Almeida, da Castle Tour.

Carlos Capellini, da Capp Viagens

“As retomadas nacionais estão indo bem, principalmente a rodoviária, mas a questão dos pacotes internacionais a gente sente um interesse muito grande e agora é a hora de vender, justamente por isso que estamos aqui, para a gente ficar atualizado das novidades. Estamos sentindo que os turistas querem voltar ao exterior, um movimento que volta ajudar muita gente, as aéreas, os agentes de viagens e o pessoal que tá envolvido, como receptivo, guias e restaurantes”, disse Carlos Capellini, da Capp Viagens.

Elisama Brasil, da RB Turismo

“As vendas estão ótimas, retomamos bem o mercado internacional, os passageiros estão animados em voltar para o exterior, então acredito que vamos retomar com tudo agora. O único problema é o visto. Quem tem, está viajando, quem não tem vai ter que esperar. E os destinos como Orlando e Nova York seguem sendo os queridinhos dos brasileiros”, disse Elisama Brasil, da RB Turismo.

Renato Borelli, da BSF Travel

“As vendas estão voltando, mesmo com a dificuldade de tarifa de aéreo. Desde junho voltamos a vender EUA, após vendermos muito Europa, mas agora está se equilibrando novamente, principalmente por conta de Orlando, que tem muita remarcação, com ingressos e aéreos em aberto, que agora estão sendo remarcados para outubro. Com relação ao visto, não estou vendo problemas, porque meus clientes estão marcando entrevista para Recife e Brasília, onde o tempo é bem mais curto para se emitir”, disse Renato Borelli, da BSF Travel.

Drausio Tabuso, da D Tabuso Turismo

“As vendas estão aquecendo. A única dificuldade nossa é o visto. Temos muitos clientes e grupos com dificuldade no tempo para obter o visto, o que afeta muito a conclusão das vendas. Por isso muita gente está optando para ir para Europa, depois de todo este tempo de pandemia no Brasil, agora, como o valor do Real em relação a dólar e euro estão equivalentes, o pessoal, pela facilidade, está optando para ir para Europa, logo estamos perdendo um mercado”, disse Drausio Tabuso, da D Tabuso Turismo.

Agda Lucia Camargo, da Agda Viagens e Turismo

“Assim que as fronteiras abriram, as vendas e remarcações já começaram O brasileiro gosta muito de ir para os EUA, é um destino muito procurado, logo as vendas foram retomadas com toda força. O visto, no entanto, tem sido um problema. No começo, a gente até achava dias e horários, mas hoje tem sido o maior problema para nós pela dificuldade de agendar. Na última vez que entrei, só tinha vaga em setembro de 2023, algo que precisa melhorar porque atrapalha nossas vendas”, disse Agda Lucia Camargo, da Agda Viagens e Turismo.

Oswaldo Tottini, do Pacotes e Passagens

“O mercado está ficando super aquecido desde a reabertura das fronteiras em 2021. Muitos clientes compraram passagens antes da pandemia, não puderam viajar, agora remarcaram e teve aquele ‘boom’. Então EUA está sendo muito procurado, embora o dólar esteja batendo R$ 5,20, porque quem tem passagem não quer perder e já está aproveitando, logo a procura está muito grande”, disse Oswaldo Tottini, do Pacotes e Passagens.

Camila Cruz, da 3P Viagens

“A procura de famílias querendo viajar para Disney e Nova York tem crescido muito, bem como a procura de empresas por eventos internacionais, já que os EUA são um grande nicho para a maioria das empresas, então eu tenho percebido que o volume de vendas tem crescido muito. Apesar disso, por conta das demandas do Consulado dos EUA, com datas muito para frente do que os passageiros estimam para emitir, criou-se esta dificuldade infelizmente”, disse Camila Cruz, da 3P Viagens.

Francisco de Assis Leite, da Futura Brasil

“A cotação está grande, mas não estamos concretizando muitos negócios ainda. O visto é um grande entrave ainda. Estamos tendo uma grande dificuldade, com fila de 1,5 ano para fazer uma entrevista. Quem já tem visto ou passaporte da comunidade europeia, entre outros que podem entrar nos EUA, beleza, mas que não tem, vai ter que esperar”, disse Francisco de Assis Leite, da Futura Brasil.