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Guilherme Paulus, fundador da CVC e da GJP
Para o fundador da CVC e da GJP, Guilherme Paulus, a retomada do Turismo acontecerá aos poucos. Ele acredita que o primeiro passo é as pessoas se sentirem seguras para sair de casa e que as primeiras escolhas contemplarão destinos regionais. Enquanto isso, o agente de viagens deve – na opinião dele – cuidar da sua carteira de clientes.
“No início, as viagens serão para destinos sem muita aglomeração e de natureza. Hábitos saudáveis de alimentação também deverão ser priorizados. Temos hoje bons resorts e estâncias turísticas próximas dos grandes centros. Será necessário conhecer de novo este o consumidor”, destacou Paulus.
Ele acredita que as pessoas devem viajar mais de carro ou mesmo de ônibus, o que pode também favorecer as locadoras de veículos em um primeiro momento. “No turismo rodoviário teremos grupos menores para o distanciamento nas poltronas. É um primeiro caminho e gradativamente os pacotes aéreos vão voltar. Teremos que saber analisar o bolso do cliente”, diz o empresário, ressaltando o papel de consultoria do agente de viagens.
Uma outra solução citada por ele são os voos charters. Segundo ele, o governo poderia ajudar em uma campanha e com a adesão de companhias aéreas, hotéis e operadoras, oferecer preços atrativos para que o consumidor volte a viajar. “Não é um produto novo, mas temos o exemplo de várias campanhas feitas no passado. O velho sempre se transforma em novos e as coisas se renovam”, afirmou.
Paulus pede ainda otimismo e paciência, especialmente às agências e conta alguns fatos de sua carreira para ilustrar que as dificuldades podem moldar as empresas para novas oportunidades. Ele lembra que quando a CVC tinha seis anos, ele teve que fechar a loja de rua a lugar uma sala. A princípio um passo para trás. Mas no meio desta dificuldade encontrou um dos produtos que mais fez sucesso na primeira fase da empresa: as excursões rodoviárias para trabalhadores do Grande ABC.
“Todo recomeço é difícil. Comecei a trabalhar, organizar um calendário de viagens e a usar a criatividade”, contou.
Veja abaixo a entrevista completa:
