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Agências e Operadoras

Para Valter Patriani, agente precisa se especializar

Valter Patrini, CEO da Construtora Patriani

Valter Patrini, CEO da Construtora Patriani

São mais de 40 anos de atuação no Turismo. Quase uma vida toda dedicada, especialmente à CVC, mas para todo o setor. Este é Valter Patriani, um ícone do Turismo e considerado o maior vendedor de viagens do País. Há um tempo, porém, o executivo não se dedica mais a nossa indústria, estando à frente da Construtora Patriani. Mesmo assim, ainda é um especialista e uma das referências do trade.

Patriani participou, na tarde desta segunda-feira, do Papo com o Agente, live organizada pela Abav-SP e Aviesp. Em bate papo com os presidentes das entidades, Fernando Santos e Marcos Lucas, o executivo destacou que, mesmo com todos os problemas causados pela pandemia da Covid-19, o Turismo continua sendo “um bom negócio”, mas que se fosse hoje agente de viagens atuaria de uma forma diferente da maioria.

“Se hoje, ao Invés da Construtora Patriani, eu tivesse a Patriani Turismo, eu teria produtos exclusivos”, disse. “O agente hoje acaba tendo que entender de tudo. Por exemplo, se entra alguém na agência pedindo uma viagem ao Tahiti, depois, alguém querendo um hotel no Rio de Janeiro. Depois um outro que quer Porto Seguro e mais um que vai para Buenos Aires. Você precisa dar um bom atendimento a todos eles e é impossível hoje um profissional que entenda de tudo”, complementou.

As pessoas vão viajar muito a partir de setembro e no ano todo em 2021. As viagens voltarão com mais força

Para Patriani, o cliente espera que o agente tenha informações de qualquer destino que ele queira. Mas o agente não consegue dar a mesma qualidade de atendimento a todos eles. Por isso, afirma que neste momento é importante se especializar e focar em um número menor de produtos. “Não conheço nenhum médico clínico geral rico. Mas conheço muitos cardiologistas e oncologistas ricos, por exemplo. Se hoje eu tivesse a Patriani Turismo, eu seria um especialista”, afirmou.

O executivo destaca que o primeiro passo é escolher um produto no qual o agente se considera forte e, então, montar uma programação, com datas de saídas, roteiros e começar a oferecer as viagens a clientes e amigos. “Ninguém é especialista em tudo. E nisso, o agente se enfraquece”, acredita.

Retomada começa pelo doméstico

Patriani acredita que hoje um dos maiores obstáculos é a falta de produtos, uma vez que não se sabe quando as fronteiras estarão abertas e, por outro lado, a maioria dos resorts e hotéis ainda não estão abertos. “Se eu tivesse a Patriani Turismo eu não estaria ofertando viagens para julho. Eu focaria no verão (dezembro a fevereiro) com destinos nacionais, especialmente no Nordeste”, frisou.

O dólar alto, segundo ele, é mais um fator que demonstra uma força maior para as viagens nacionais. No entanto, ele acredita que o internacional deve retornar partir de abril, pois as pessoas já estarão viajando mais.

“Todo mundo está com muita vontade de viajar porque tiveram as suas férias canceladas. As pessoas vão viajar muito a partir de setembro e no ano todo em 2021. As viagens voltarão com mais força”, definiu.

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