Setor de viagens corporativas fatura R$ 11,7 bilhões e cresce 7,6% em novembro

Um fator que contribuiu para o resultado recorde de novembro foi o pico de encontros realizados pelos representantes do setor econômico, que se reuniram naquele mês com os parlamentares a fim de promover discussões acerca da Reforma Tributária (Unsplash)

As despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas em novembro de 2023 atingiram R$ 11,7 bilhões, alta de 7,6% (incremento de R$ 823 milhões em faturamento para o setor) em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, os R$ 110,3 bilhões movimentados pelo segmento em 2023 são 11,7% maiores do que aqueles resultados apresentados no ano anterior, de R$ 98,7 bilhões. Dessa forma, houve um acréscimo de R$ 11,6 bilhões.

Os dados são do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) e revelam ainda que, na comparação com o melhor novembro da série histórica, em 2011, o patamar atual é 0,5% superior. Essa estatística supera o recorde anterior, de R$ 11,6 bilhões, que foi registrado no ano de 2013.

Dados relacionados ao mês de novembro (Divulgação)

Segundo as informações do levantamento, a demanda aquecida do setor corporativo, como a realização de eventos, feiras e outros encontros presenciais, mantém uma correlação positiva com a procura por serviços turísticos. Outro fator que contribuiu para o resultado recorde de novembro foi o pico de encontros realizados pelos representantes do setor econômico, que se reuniram naquele mês com os parlamentares a fim de promover discussões acerca da Reforma Tributária.

Apesar dos altos índices de compras de passagens nos últimos meses, grande parte desse incremento monetário está relacionado com o aumento das tarifas de transporte, principalmente no setor aéreo, em função dos extensos gastos operacionais das companhias.

Resultado acumulado dos anos (Divulgação)

“O mercado de viagens é sensível e precisamos ser criativos e analisar bem os números para apresentar valor e estratégias certeiras. Superamos números pré-pandemia, mas a quantidade de ofertas de cadeiras de voos é menor. Ou seja, as despesas aumentaram por conta dos valores das tarifas, mas os serviços ainda não estabilizaram. Vale ressaltar que esses resultados não são apenas frutos de números, mas do engajamento constante do setor econômico, evidenciado pelas discussões sobre a Reforma Tributária realizadas em novembro. Os encontros entre representantes do setor e parlamentares não apenas impulsionaram a capital federal, mas também geraram uma procura intensa por serviços relacionados, alcançando recordes que superam marcos históricos anteriores”, comenta Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev.

Da mesma forma, essa demanda aquecida pelo setor corporativo também resultou em um aumento significativo nas redes hoteleiras dos grandes centros urbanos. De acordo com o levantamento de estatísticas realizado pelo Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), o valor médio de hospedagem sofreu uma alta de aproximadamente 17%, saindo de uma média de R$ 340,92 em janeiro de 2023 para R$ 397,56 em novembro.