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Agências e Operadoras

Doméstico já representa 95% das vendas da CVC Corp, diz Leonel Andrade

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Leonel Andrade, presidente da CVC Corp (Reprodução/Youtube)

O turismo doméstico representa hoje cerca de 95% das vendas da CVC Corp. A informação foi compartilhada pelo presidente Leonel Andrade, em entrevista ao portal O Tempo, nesta terça-feira (22), no YouTube. O executivo fez um balanço do momento atual do setor, bem como das dez empresas que hoje formam a CVC Corp. Para Leonel, agora é uma ótima oportunidade para aquisição de viagens, já que os preços ainda estão de 25 a 30% menores do que o praticado no mesmo período de 2019.

“Tradicionalmente, neste período em 2019, tínhamos 70% doméstico e 30% internacional. Hoje o doméstico já representa entre 93 e 95%. As pessoas estão comprando viagens internacionais apenas para negócios específicos, emergências, visitas a família ou a longo prazo, para 2021. Enquanto tivemos um resultado negativo em abril, com mais pessoas cancelando do que comprando viagens, hoje o mercado já gira perto de 40% do que era um ano atrás”, disse Leonel.

Com relação ao preço menor do que o praticado neste mesmo período de 2019 e com a probabilidade de aumentar por conta de uma demanda reprimida aliada a uma menor oferta de assentos em aeronaves e quartos de hotéis, o presidente da CVC Corp afirmou que este é um fator muito forte, uma consequência de procura e oferta, e que o mercado, por outro lado, só agora está saindo de uma demanda reprimida, com preços baixos.

“Devemos chegar no fim do ano, no entanto, com um equilíbrio de preços, por conta da data do Natal e do Ano Novo e das férias de janeiro”, diz Leonel sobre os preços praticados em relação a 2019.

“Até dois meses atrás, os preços estavam 40% mais baratos do que 2019, e hoje variam de 25% a 30% mais baratos do que era um ano atrás, isso em relação a preço dos hotéis, passagens e viagens de modo geral. Devemos chegar ao fim do ano, no entanto, com um equilíbrio de preços, por conta do Natal, do Ano Novo e das férias de janeiro. Eu diria que comprar hoje é uma grande vantagem, também por conta da flexibilidade para realizar mudanças, mas também com muito cuidado com promoções que não parecem fazer muito sentido”, destacou.

Por outro lado, segundo o presidente da CVC Corp, os hotéis ainda estão com 50% de ocupação por conta da pandemia, mas essas taxas, é o que tudo indica, serão flexibilizadas, o que equilibrará também este “jogo de preços”.

Fim de ano

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Já está difícil encontrar pacotes para o Réveillon

Leonel Andrade afirmou que já está bem difícil adquirir um pacote para fim de ano em algum hotel do Brasil ou nos resorts de praia por todo o litoral, uma vez que as unidades atualmente só podem comercializar 50% dos quartos. “É bem provável que este limite de ocupação possa ser mexido e tenhamos 70 ou até mesmo 100% de ocupação para o fim de ano, dependendo claro do comportamento da pandemia”, destacou o presidente da CVC Corp.

Impactos da pandemia

“Obviamente os impactos foram imensos, somos a maior empresa de Turismo da América Latina, e o talvez o Turismo seja o setor mais afetado da pandemia no mundo inteiro. Saimos de uma venda gigantesca para uma venda negativa no intervalo de poucas semanas. Em abril, tinha mais gente cancelando viagens do que comprando. Mas a CVC sempre teve uma política de caixa muito conservadora, é uma empresa saudável, tem acesso a bons créditos, logo estamos passando pela crise e continuamos forte e prontos para liderar a retomada do turismo no Brasil e numa boa parte do mundo”, destacou Leonel.

Crescem as viagens rodoviárias de até quatro horas

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As fugas de fins de semana, as viagens curtas, os home offices nos próprios hotéis, de acordo com Leonel Andrade, cresceram substancialmente.

As chamadas por Leonel Andrade de “viagens pertinho”, que duram até quatro horas de carro/ônibus, já representam hoje mais de 30% dos negócios da CVC Corp. “Um número que não passava de 12% antes da pandemia. Mas as viagens longas vão voltar aos poucos e estão crescendo inclusive dentro do Brasil. O Turismo doméstico está explodindo porque as pessoas não conseguem ir para o exterior”, afirmou o presidente.

Com os protocolos funcionando adequadamente, as fugas de fins de semana, as viagens curtas, os home offices nos próprios hotéis, de acordo com Leonel Andrade, cresceram substancialmente. “As locadoras estão alugando mais carros, por exemplo. E a classe A, que está acostumada a viajar para os Estados Unidos e Europa, agora está conhecendo os locais próximos a onde vive”, destacou o presidente da CVC.

Turismo internacional e corporativo

Azul lidera o Ranking de cancelamentos

Mercado corporativo demorará para ser retomado

O Turismo internacional não volta até meados de 2021, de acordo com Leonel Andrade. Já o mercado corporativo também vai demorar a ser retomado, porque o que move de fato este setor são as feiras, exposições e convenções globais. “Olhando para o mercado global, vamos terminar o ano com 50% do que era em 2019. No fim do ano que vem teremos de 75 a 80% de toda a movimentação que tínhamos em 2019. E lá no fim de 2022 o mercado estará igual ao de 2019, logo só teremos um ano cheio para compararmos com 2019 lá em 2023”, destacou Leonel.

“Olhando para o mercado global, vamos terminar o ano com 50% do que era em 2019. No fim do ano que vem teremos de 75 a 80% de toda a movimentação que tínhamos em 2019. E lá no fim de 2022 o mercado estará igual ao de 2019, logo só teremos um ano cheio para compararmos com 2019 lá em 2023”

O presidente da CVC Corp espera, no entanto, que suas previsões estejam erradas. “Eu sou conservador e espero estar errado. Eu prefiro ser conservador para fazer planos deste jeito e adequar a minha companhia a uma condição pior. Por outro lado, se o mercado ajudar, a companhia será muito mais forte, e eu espero de fato que as coisas aconteçam em melhores condições com relação ao que estou prevendo”, finalizou o presidente.

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