A United Airlines divulgou, na noite desta terça-feira (08), que o CEO, Jeff Smisek, e dois outros executivos não fazem parte mais da empresa. Ambos decidiram renunciar ao cargo durante uma investigação federal contra a corrupção nos Estados Unidos, que procura uma possível influência dentro da Autoridade Portuária norte-americana por parte da aérea. No mesmo momento, a United nomeou Oscar Munoz como novo presidente e CEO para substituir Smisek, que estava no cargo deste a fusão da United Airlines com a Continental Airlines, em 2010.
O vice-presidente executivo de Comunicações e Assuntos Governamentais da United, Nene Foxhall, e o VP sênior de assuntos corporativos e governamentais, Mark Anderson, também renunciaram ao cargo, disse a United em nota. A companhia aérea norte-americana está sob investigação por procuradores de Nova Jersey, indiciada por procurar influenciar indevidamente experientes funcionários da alta hierarquia da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.
“As investigações estão em curso e a companhia aérea continua cooperando com o Governo. As saídas anunciadas hoje estão ligadas às investigações internas já cumpridas pela United, relacionadas à investigação federal realizada dentro da Autoridade Portuária de NY e New Jersey”, disse a United Airlines, em nota divulgada a imprensa. “É definitivamente um privilégio ser anunciado como CEO da United. Juntos, vamos fazer da United a companhia aérea com melhor desempenho na indústria”, disse o mais novo CEO Oscar Munoz, também em nota.
Em fevereiro, o Ministério Público dos EUA quis saber se o ex-presidente da Autoridade Portuária do país, David Samsom, tinha dado uma “ajudinha” a United Airlines para restabelecer voos para South Carolina, rota que o próprio se beneficiaria, uma vez que a terra natal de David era a Carolina do Sul. A Autoridade Portuária (Port Authority) é responsável por diversos aeroportos nos EUA, incluindo o Newark Liberty International Airport, um dos maiores hubs da United no país.
